Gosto (por defeito de fabrico) de manter viva a peregrina ideia de que não se é Jornalista sete horas por dia a uns tantos euros por mês, mas sim 24 horas por dia... mesmo estando desempregado.
Reconheço, contudo, que essa é uma máxima cada vez menos utilizada e, até, menosprezada por muitos dos que mais recentemente chegaram a esta profissão e, até, pelos que há muito vagueiam pelas redacções mas que ainda não chegaram ao Jornalismo.
Os jornais (é claro que também as rádios e as televisões) não são um produto feito à medida dos jornalistas e/ou dos consumidores mas, isso sim, dos donos dos jornalistas e dos donos dos donos.
São, cada vez mais, um negócio ou, melhor, uma forma de comércio. São apenas mais um produto em que os seus fazedores (na circunstância catalogados de jornalistas) são escolhidos à e por medida.
E, como tal, têm de obedecer às regras da oferta e da procura. Mais do que informar, mais do que formar, têm de vender. Vender, vender sempre mais. E quem sabe o que fazer para melhor vender não são, na maioria dos casos, os jornalistas.
Os jornalistas são os montadores que, de acordo com o mercado, alinham as peças de um crime, de um comício, de um atentado ou de um buraco na rua. Se o que vende é dar uma ajuda ao partido do Governo para que este ganhe as próximas eleições, são essas as peças que têm de montar, nada contando a teoria da isenção que é tão do nosso teórico agrado.
Se o que vende é divulgar os produtos da empresa «X», são essas as peças que têm de montar, passando por cima do facto de essa empresa eventualmente não pagar os salários aos seus trabalhadores ou apostar no trabalho infantil.
Se o que vende é dar cobertura às ditaduras, são essas peças que têm de montar, calibrando-as da forma a parecerem dos melhores exemplos democráticos.
Pouco importa tudo o resto.
Assim sendo, as linhas de montagem não precisam de jornalistas 24 horas por dia, basta-lhes as sete horas. E aos jornalistas basta-lhes, ao que parece, uns tantos euros por mês... Tudo o resto são cantigas, tenha a classe uma Ordem ou apenas, como agora, um Sindicato, ouu coisa nenhuma...
Os jornais (é claro que também as rádios e as televisões) não são um produto feito à medida dos jornalistas e/ou dos consumidores mas, isso sim, dos donos dos jornalistas e dos donos dos donos.
São, cada vez mais, um negócio ou, melhor, uma forma de comércio. São apenas mais um produto em que os seus fazedores (na circunstância catalogados de jornalistas) são escolhidos à e por medida.
E, como tal, têm de obedecer às regras da oferta e da procura. Mais do que informar, mais do que formar, têm de vender. Vender, vender sempre mais. E quem sabe o que fazer para melhor vender não são, na maioria dos casos, os jornalistas.
Os jornalistas são os montadores que, de acordo com o mercado, alinham as peças de um crime, de um comício, de um atentado ou de um buraco na rua. Se o que vende é dar uma ajuda ao partido do Governo para que este ganhe as próximas eleições, são essas as peças que têm de montar, nada contando a teoria da isenção que é tão do nosso teórico agrado.
Se o que vende é divulgar os produtos da empresa «X», são essas as peças que têm de montar, passando por cima do facto de essa empresa eventualmente não pagar os salários aos seus trabalhadores ou apostar no trabalho infantil.
Se o que vende é dar cobertura às ditaduras, são essas peças que têm de montar, calibrando-as da forma a parecerem dos melhores exemplos democráticos.
Pouco importa tudo o resto.
Assim sendo, as linhas de montagem não precisam de jornalistas 24 horas por dia, basta-lhes as sete horas. E aos jornalistas basta-lhes, ao que parece, uns tantos euros por mês... Tudo o resto são cantigas, tenha a classe uma Ordem ou apenas, como agora, um Sindicato, ouu coisa nenhuma...
Foto: Apresentação, ontem em Vila Nova de Gaia, do livro "Cabinda - Ontem protectorado, hoje colónia, amanhã Nação".
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