sábado, maio 21, 2011

Se depender do dono de Angola, o PS ficará
no poder tantos anos quantos leva o MPLA!

O regime angolano, liderado pelo MPLA (partido que como o PS integra a Internacional Socialista), não está a achar grande piada à possibilidade de o PSD (dirigigo pelo tal “africanista da Massamá”) de vir a formar governo em Portugal.

José Eduardo dos Santos, um presidente que está no poder há 32 anos sem nunca ter sido eleito, teme (isto é como quem diz!) perder o velho amigo, aliado e comparsa que nas ocidentais praias lusitanas a norte, embora cada vez mais a sul, de Marrocos, abriu as portas que existem e as que não existem à entrada triunfal do seu clã.

E, verdade seja dita, José Sócrates também não está interessado em que o MPLA alguma vez deixe de ser dono de Angola. Tudo porque o dono do PS está a ver diminuir drasticamente o número de ditadores e autocratas a quem gosta de bajular

Uns foram à vida, outros para se manterem estão a violar ainda mais as regras (que tanto agradam a José Sócrates e que denodadamente tenta impor em Portugal) do quero, posso e mando, outros estão com as barbas de molho.

E tudo isto deve ser uma chatice para o ainda sumo pontífice dos socialistas portugueses. Mesmo assim, há alguns que ainda resistem. Um desses paradigmas é o actual líder do país (Angola) que preside à Comunidade de Países de Língua Portuguesa e que, como prova da democraticidade do seu regime, está no poder – repita-se - há 32 anos sem ter sido eleito.

Ainda não há muito tempo (foi, é claro, antes do vendaval que atingiu a Tunísia, o Egipto, a Líbia e mais uns tantos), José Sócrates enviou uma mensagem ao vice-Presidente da República de Angola, Fernando da Piedade Dias dos Santos, a felicitá-lo pela sua nomeação para o cargo.

A mensagem foi na altura entregue ao vice-Presidente angolano pelo embaixador de Portugal em Angola, Francisco Ribeiro Telles, que classificou as relações entre os dois países como "excelentes".

Eu diria bem mais do que excelentes... na óptica da Oferta Pública de Aquisição lançada por Angola sobre Portugal.

Tão excelentes como os 68% (68 em cada 100) de angolanos que são gerados com fome, nascem com fome e morrem pouco depois com fome.

Tão excelentes como o facto de 45% das crianças angolanas sofrerem de má nutrição crónica, sendo que uma em cada quatro (25%) morre antes de atingir os cinco anos.

Tão excelentes como Angola ser um dos países mais corruptos do mundo.

Tão excelentes como a dependência sócio-económica a favores, privilégios e bens, ou seja, o cabritismo, ser o método utilizado pelo MPLA para amordaçar os angolanos.

Tão excelentes como o facto de 80% do Produto Interno Bruto ser produzido por estrangeiros; mais de 90% da riqueza nacional privada ser subtraída do erário público e estar concentrada em menos de 0,5% de uma população.

Tão excelentes como a certeza de que o acesso à boa educação, aos condomínios, ao capital accionista dos bancos e das seguradoras, aos grandes negócios, às licitações dos blocos petrolíferos, estar limitado a um grupo muito restrito de famílias ligadas ao regime no poder.

No dia 18 de Janeiro do ano passado, importa recordar tantas vezes quantas forem preciso, o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros do executivo de José Sócrates, João Gomes Cravinho, afirmou que o Governo acompanhava com a «atenção normal» a situação de Cabinda, defendendo que o importante é a detenção de responsáveis de ataques criminosos.

Não está nada mal. Até parece que, para os donos do reino lusitano, falar de Cabinda ou de Zoundwéogo é exactamente a mesma coisa. Lisboa (e nesta matéria estão no mesmo saco José Sócrates, Passos Coelho e Cavaco Silva, entre outros) esquece-se que os cabindas, tal como os angolanos, não têm culpa que as autoridades portugueses tenham, em 1975, varrido a merda para debaixo do tapete.

Quando interrogado sobre se o Governo português considerava preocupantes as notícias de detenções de figuras alegadamente ligadas ao movimento independentista na colónia angolana de Cabinda, João Gomes Cravinho afirmou que «preocupante é quando há instabilidade e violência, como aconteceu com o ataque ao autocarro da equipa do Togo» a 8 de Janeiro de 2010.

Sim, é isso aí. Portanto, o MPLA pode prender quem muito bem quiser (e quer todos aqueles que pensam de maneira diferente) que terá, como é óbvio, o apoio e a solidariedade das autoridades portuguesas.

Creio, aliás, que tal como fez em relação a Jonas Savimbi depois de este ester morto, Gomes Cravinho não tardará (provavelmente só está à espera que eles morram) a chamar Hitler, entre outros, a Raul Tati, Francisco Luemba, Belchior Lanso Tati, Jorge Casimiro Congo, Agostinho Chicaia, Martinho Nombo e Raul Danda.

João Gomes Cravinho explicou que, «em relação ao mais» Lisboa acompanha o que se passa «pelas vias normais», isto é, pela comunicação social e pelos relatos feitos pela embaixada portuguesa.

Ou seja, Portugal está-se nas tintas. E quando Cravinho diz que Lisboa acompanha o que se passa pelos relatos feitos pela embaixada portuguesa está a esquecer-se que a embaixada lusa se limita, hoje como ontem (veremos o que se passará depois de dia 5), a ampliar a versão oficial do regime angolano.

Como se já não bastasse a bajulação socialista de Lisboa ao regime angolano, ainda temos de assistir à constante passagem de atestados de menoridade e estupidez aos portugueses por parte do secretário de Estado socialista João Gomes Cravinho.

Parafraseando José Sócrates, não basta ser primeiro-ministro ou secretário de Estado para saber contar até doze sem ter de se descalçar... Mas, é claro, ser do governo socialista é suficiente para um dia destes dirigir um qualquer chorudo negócio no reino do velho amigo José Eduardo dos Santos.

1 comentário:

Anónimo disse...

U prêsidentê já visou



U prêsidentê já visou
us pessôa in tudo u lado
p’ra judá u ginhêro do calçado,
qui dêxa os sapatos di todo u genti
a briá, se êlês podê dar fiado.
U prêsidentê já visou
us pessôa do nação
p’ra num credidar nos cabeça e nos vista
dos jornalista
qui dêscobrê muíto currupissão.
U mió é poiá
us qui istão a governá
qui mata u fomi di todo o genti
cu farelo do muissão Indipendenti,
quintigamentê era o farinha
p’ra fazer u rassão dos pôrco e dos garinha.

Consulino Desolado.