Alguém terá dito, noutros tempos e noutro país, que elogio em boca própria é vitupério. Alguém que, admito, poderia ser português mas não seria certamente filiado no PS. É que segundo o secretário-geral do PS, José Sócrates, Portugal tem o melhor primeiro-ministro de sempre, ou seja José Sócrates.
Se calhar, digo eu, se se perguntar ao primeiro-ministro José Sócrates, ele dirá que o PS tem o melhor secretário-geral de sempre, José Sócrates.
E a fama (tal como o proveito) vem de longe. Vejamos. Quando José Sócrates encerrou no dia 20 de Julho de 2008 o Congresso Nacional da Juventude Socialista, elogiou com toda a garra típica de quem é dono do país o desempenho do Governo, sublinhando a "visão progressista e não conservadora" do Executivo PS, ao orientar a sua política não para a juventude, mas "para a sociedade que é boa para a juventude".
O primeiro-ministro ficou satisfeito e, tanto quanto se sabe, telefonou de imediato ao secretário-geral do PS a agradecer.
Falando no último dia desse encontro dos jovens socialistas, o secretário-geral do PS avisou as centenas de militantes que apenas iria concentrar o seu discurso na política "de um Governo que se orienta por valores progressistas".
Perante a dúvida se Sócrates (o secretário-geral) estaria a falar do mesmo país do outro Sócrates (o primeiro-ministro), a resposta chegou logo: "Não venho dar lições de moral, nem dizer-vos como os jovens se devem comportar e muito menos venho aqui para vos dizer que o principal objectivo da família é aprocriação", frisou o duplo personagem.
José Sócrates enalteceu as políticas do seu Executivo, afirmando tratar-se de um Governo que "recusa todas as visões do passado, retrógradas e baseadas em visões conservadoras", numa crítica vista como dirigida, na altura, à líder social-democrata, Manuela Ferreira Leite, mas que também se enquadra ao conjunto de ministros a que o mesmo Sócrates chama de Governo.
José Sócrates assegurou (e se ele o assegura, ou não fosse licenciado em engenharia) que o actual Governo "não tem uma política para a juventude, orientadapara favorecer um grupo etário, tem uma política para a sociedade que é boa para a juventude".
E nisto Sócrates (seja o secretário-geral ou o primeiro-ministro) tem toda a razão. O Governo não se orienta por grupos etários. Orienta-se exclusivamente por grupos filiados... no PS. Tão simples quanto isso.
O primeiro-ministro, ou secretário-geral, disse então que são valores como a "tolerância, a diversidade e a liberdade individual" que levaram oseu Executivo a lutar pela lei da interrupção voluntária da gravidez, da paridade, da procriação geneticamente assistida e da lei do casamento civil.
Tolerância? Diversidade? Liberdade? Tretas. É verdade, contudo, que todos os portugueses têm liberdade tanto de pensar o mesmo que pensa o secretário-geral do PS, como de pensar o mesmo que o primeiro-ministro. E se assim é, que mais deveriam querer? São todos pobres e mal agradecidos.
E a fama (tal como o proveito) vem de longe. Vejamos. Quando José Sócrates encerrou no dia 20 de Julho de 2008 o Congresso Nacional da Juventude Socialista, elogiou com toda a garra típica de quem é dono do país o desempenho do Governo, sublinhando a "visão progressista e não conservadora" do Executivo PS, ao orientar a sua política não para a juventude, mas "para a sociedade que é boa para a juventude".
O primeiro-ministro ficou satisfeito e, tanto quanto se sabe, telefonou de imediato ao secretário-geral do PS a agradecer.
Falando no último dia desse encontro dos jovens socialistas, o secretário-geral do PS avisou as centenas de militantes que apenas iria concentrar o seu discurso na política "de um Governo que se orienta por valores progressistas".
Perante a dúvida se Sócrates (o secretário-geral) estaria a falar do mesmo país do outro Sócrates (o primeiro-ministro), a resposta chegou logo: "Não venho dar lições de moral, nem dizer-vos como os jovens se devem comportar e muito menos venho aqui para vos dizer que o principal objectivo da família é aprocriação", frisou o duplo personagem.
José Sócrates enalteceu as políticas do seu Executivo, afirmando tratar-se de um Governo que "recusa todas as visões do passado, retrógradas e baseadas em visões conservadoras", numa crítica vista como dirigida, na altura, à líder social-democrata, Manuela Ferreira Leite, mas que também se enquadra ao conjunto de ministros a que o mesmo Sócrates chama de Governo.
José Sócrates assegurou (e se ele o assegura, ou não fosse licenciado em engenharia) que o actual Governo "não tem uma política para a juventude, orientadapara favorecer um grupo etário, tem uma política para a sociedade que é boa para a juventude".
E nisto Sócrates (seja o secretário-geral ou o primeiro-ministro) tem toda a razão. O Governo não se orienta por grupos etários. Orienta-se exclusivamente por grupos filiados... no PS. Tão simples quanto isso.
O primeiro-ministro, ou secretário-geral, disse então que são valores como a "tolerância, a diversidade e a liberdade individual" que levaram oseu Executivo a lutar pela lei da interrupção voluntária da gravidez, da paridade, da procriação geneticamente assistida e da lei do casamento civil.
Tolerância? Diversidade? Liberdade? Tretas. É verdade, contudo, que todos os portugueses têm liberdade tanto de pensar o mesmo que pensa o secretário-geral do PS, como de pensar o mesmo que o primeiro-ministro. E se assim é, que mais deveriam querer? São todos pobres e mal agradecidos.
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