O socialista Henrique Neto, embora de forma suave, diz que José Sócrates vive num "estado de negação da realidade" que o "obriga a mentir e a criar um mundo irreal".
Recordam-se que Ferro Rodrigues disse que o Governo português (do PS/José Sócrates) deveria ter “menos arrogância e mais humildade”?
Ao contrário de Henrique Neto, Ferro Rodrigues submeteu-se à miraculosa cirurgia que permite ter coluna vertebral amovível. E como ele há mais. Muitos outros adiaram a cirurgia para depois do próximo dia 5, de modo a ver se é deste que Sócrates passa de bestial a besta.
No estrangeiro, tal como m Portugal, nem todos perceberam que José Sócrates mente tantas vezes porque acredita que, pela insistência, a mentira se tornará verdade. E a técnica, pelo menos junto dos seus acólitos, funciona em pleno e tem validade assegurada até dia 5.
Dizem os analistas que, para além da descredibilização externa, Portugal enfrenta o risco de ser “colado” à Grécia e de passar a ser visto como um país que mente. Quem mente não é o país, mas sim o “querido líder” socialista. Apesar disso, há quem confunda o país julgando que Portugal é o PS e o PS é Portugal.
Importa, contudo, dizer que Portugal, ou melhor, o seu governo, não só mentiu, como mente e mentirá enquanto estiver em funções. Todos, portugueses ou não, já deveriam saber (o homem está lá há seis anos) que José Sócrates diz às segundas, quartas e sextas o contrário do que afirma às terças, quintas e sábados.
E quando assim é, o país vive numa situação favorável a que exista – cito Manuel Alegre (outro dos já operados à coluna) a propósito de José Sócrates - "um clima propício a comportamentos com raízes profundas na nossa História, desde os esbirros do Santo Ofício até aos bufos da PIDE".
Como exímio ilusionista, José Sócrates conseguiu esconder de todos (muitos não foram na cantiga mas mantiveram-se calados) a verdade quer sobre o défice quer sobre a dívida pública.
Cometeu, como agora se vai vendo às prestações, um crime que – contudo – não é punido. Aliás, se este tipo de crime de “lesa pátria” desse penas de cadeia, Portugal não teria prisões suficientes.
Reconheça-se, no entanto, que mentir sobre estas questões já se tornou um direito dos diferentes governos a ponto de, creio, um dias destes aparecer uma lei para punir quem fale verdade, entre outras coisas, sobre o défice.
Muita gente, boa gente, está agora preocupada com uma coisa que Portugal já há muito deixou de ter: credibilidade. Quando, se calhar até no Burkina Faso, se sabe que os portugueses têm a chefiar um governo alguém que diz que "está para nascer um primeiro-ministro que faça melhor do que eu", nada mais é preciso.
O próprio José Sócrates afirma que um líder não pode ter vergonha de ter ideias, programa e plano. Eis porque, mesmo em relação ao défice, ele pode e deve voltar a dizer: “Está para nascer um primeiro-ministro que faça melhor do que eu".
"Quem se apresenta ao escrutínio popular, em primeiro lugar, tem de ter ideias e não ter vergonha delas; é preciso ter um programa e não ter vergonha dele; é preciso ter um plano e não ter vergonha dele", declarou José Sócrates, em Julho de 2009, no final de um Fórum Novas Fronteiras com empresários e gestores.
José Sócrates disse também que os líderes políticos "têm a obrigação de apontar qual o caminho que o país deve seguir". "É preciso uma atitude de confiança nos portugueses e no futuro do país - confiança que tem ver com acção e não com a atitude de nos entregarmos à descrença ou ao pessimismo", disse.
É exactamente isso. E José Sócrates há muito que apontou o caminho do irreal e da mentira como a única saída. "Isto não vai lá de braços cruzados. Isto vai lá com acção e com aqueles que gostam de correr riscos e aceitam corrê-los. Não agir representa um preço que não podemos pagar", advertiu o primeiro-ministro, indicando aos portugueses o caminho, ou não fosse ele uma reedição (um bocado fracota e a tombar para o foleiro) do homem do leme...
Todos os socialistas, mesmo aqueles que como as marionetas só se aguentam de pé por terem alguém a segurá-los, sabem que o líder socialista se considera de uma casta rara e superior. Mesmo assim, não desgrudam da gamela.
Apesar de ter sido ministro de António Guterres, José Sócrates nada aprendeu com ele. Humildade? Honorabilidade? Não. Nada disso aprendeu com o então secretário-geral do PS e depois primeiro-ministro.
Quando António Guterres dizia que a verdade era a principal qualidade de um governante, certamente Sócrates entendia que isso era uma treta. E terá sido por isso que, quando se apanhou no poleiro, decretou que era o único dono da verdade e tratou de secar todos aqueles que pensavam, e pensam, de forma diferente.
Por alguma razão Henrique Neto diz que é "uma missão impossível" debater o futuro dentro do PS. É verdade. Mas, neste caso, José Sócrates tem razão. Desde quando se viu a plebe a debater os desígnios divinos do sumo pontífice do partido que, desde nascença, só sabe que tudo sabe?
Ao contrário de Henrique Neto, Ferro Rodrigues submeteu-se à miraculosa cirurgia que permite ter coluna vertebral amovível. E como ele há mais. Muitos outros adiaram a cirurgia para depois do próximo dia 5, de modo a ver se é deste que Sócrates passa de bestial a besta.
No estrangeiro, tal como m Portugal, nem todos perceberam que José Sócrates mente tantas vezes porque acredita que, pela insistência, a mentira se tornará verdade. E a técnica, pelo menos junto dos seus acólitos, funciona em pleno e tem validade assegurada até dia 5.
Dizem os analistas que, para além da descredibilização externa, Portugal enfrenta o risco de ser “colado” à Grécia e de passar a ser visto como um país que mente. Quem mente não é o país, mas sim o “querido líder” socialista. Apesar disso, há quem confunda o país julgando que Portugal é o PS e o PS é Portugal.
Importa, contudo, dizer que Portugal, ou melhor, o seu governo, não só mentiu, como mente e mentirá enquanto estiver em funções. Todos, portugueses ou não, já deveriam saber (o homem está lá há seis anos) que José Sócrates diz às segundas, quartas e sextas o contrário do que afirma às terças, quintas e sábados.
E quando assim é, o país vive numa situação favorável a que exista – cito Manuel Alegre (outro dos já operados à coluna) a propósito de José Sócrates - "um clima propício a comportamentos com raízes profundas na nossa História, desde os esbirros do Santo Ofício até aos bufos da PIDE".
Como exímio ilusionista, José Sócrates conseguiu esconder de todos (muitos não foram na cantiga mas mantiveram-se calados) a verdade quer sobre o défice quer sobre a dívida pública.
Cometeu, como agora se vai vendo às prestações, um crime que – contudo – não é punido. Aliás, se este tipo de crime de “lesa pátria” desse penas de cadeia, Portugal não teria prisões suficientes.
Reconheça-se, no entanto, que mentir sobre estas questões já se tornou um direito dos diferentes governos a ponto de, creio, um dias destes aparecer uma lei para punir quem fale verdade, entre outras coisas, sobre o défice.
Muita gente, boa gente, está agora preocupada com uma coisa que Portugal já há muito deixou de ter: credibilidade. Quando, se calhar até no Burkina Faso, se sabe que os portugueses têm a chefiar um governo alguém que diz que "está para nascer um primeiro-ministro que faça melhor do que eu", nada mais é preciso.
O próprio José Sócrates afirma que um líder não pode ter vergonha de ter ideias, programa e plano. Eis porque, mesmo em relação ao défice, ele pode e deve voltar a dizer: “Está para nascer um primeiro-ministro que faça melhor do que eu".
"Quem se apresenta ao escrutínio popular, em primeiro lugar, tem de ter ideias e não ter vergonha delas; é preciso ter um programa e não ter vergonha dele; é preciso ter um plano e não ter vergonha dele", declarou José Sócrates, em Julho de 2009, no final de um Fórum Novas Fronteiras com empresários e gestores.
José Sócrates disse também que os líderes políticos "têm a obrigação de apontar qual o caminho que o país deve seguir". "É preciso uma atitude de confiança nos portugueses e no futuro do país - confiança que tem ver com acção e não com a atitude de nos entregarmos à descrença ou ao pessimismo", disse.
É exactamente isso. E José Sócrates há muito que apontou o caminho do irreal e da mentira como a única saída. "Isto não vai lá de braços cruzados. Isto vai lá com acção e com aqueles que gostam de correr riscos e aceitam corrê-los. Não agir representa um preço que não podemos pagar", advertiu o primeiro-ministro, indicando aos portugueses o caminho, ou não fosse ele uma reedição (um bocado fracota e a tombar para o foleiro) do homem do leme...
Todos os socialistas, mesmo aqueles que como as marionetas só se aguentam de pé por terem alguém a segurá-los, sabem que o líder socialista se considera de uma casta rara e superior. Mesmo assim, não desgrudam da gamela.
Apesar de ter sido ministro de António Guterres, José Sócrates nada aprendeu com ele. Humildade? Honorabilidade? Não. Nada disso aprendeu com o então secretário-geral do PS e depois primeiro-ministro.
Quando António Guterres dizia que a verdade era a principal qualidade de um governante, certamente Sócrates entendia que isso era uma treta. E terá sido por isso que, quando se apanhou no poleiro, decretou que era o único dono da verdade e tratou de secar todos aqueles que pensavam, e pensam, de forma diferente.
Por alguma razão Henrique Neto diz que é "uma missão impossível" debater o futuro dentro do PS. É verdade. Mas, neste caso, José Sócrates tem razão. Desde quando se viu a plebe a debater os desígnios divinos do sumo pontífice do partido que, desde nascença, só sabe que tudo sabe?
1 comentário:
Tantas verdades aqui ditas Orlando!
Entretanto quando puder, veja este documentário e o que nos espera! legendas: passe o rato por cima e escolha cc subtitles: Debtocracy
Um abraço.
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