Angola realizará eleições legislativas em 2008 e presidenciais em 2009, drevelou hoje em Luanda o presidente angolano, José Eduardo dos Santos. São boas notícias mas, na minha opinião, poderiam ser bem melhores. Ou seja, não percebo as razões porque não se efectuam as duas ao mesmo tempo. Apesar disso fica o benefício da dúvida a favor do MPLA.
Deixem-me, contudo, falar de uma outra Angola. A que baixou um lugar no Índice de Desenvolvimento Humano elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), ocupando o 161º lugar entre os 177 países que constam do relatório daquela agência internacional.
O Relatório do Desenvolvimento Humano/2006, subordinado ao tema "A água para lá da escassez: poder, pobreza e a crise mundial da água", foi hoje apresentado publicamente em Luanda, numa cerimónia que contou com a presença de membros do Governo angolano e do Sistema das Nações Unidas em Angola.
O documento refere, entre outros indicadores, que a esperança de vida à nascença em Angola é de 41 anos (40,8 no relatório de 2005) e que a probabilidade à nascença de viver até aos 40 anos é de 48,1 por cento, o mesmo valor que constava do anterior relatório.
A taxa de mortalidade infantil em Angola mantém-se em 154 por cada 1.000 nados vivos, enquanto a taxa de mortalidade infantil para menores de cinco anos também se mantém em 260 por cada 1.000 nados vivos, sendo a segunda mais eleva da do mundo, apenas ultrapassada pela Serra Leoa.
Relativamente às crianças, o relatório indica que 31 por cento dos menores de cinco anos têm um peso deficiente para a idade, mantendo-se o valor que constava do documento elaborado no ano passado.
Na cerimónia de hoje foi também apresentado o relatório sobre a Situaçã o da População Mundial em 2006, intitulado "Passagem para a Esperança: Mulheres e Migrações Internacionais".
Segundo o Coordenador Residente Interino das Nações Unidas em Angola, Anatólio Mba, não existem em Angola dados "suficientemente actualizados" para car acterizar a situação das mulheres migrantes ou o impacto da violação dos direitos humanos relativamente à água e saneamento.
Deixem-me, contudo, falar de uma outra Angola. A que baixou um lugar no Índice de Desenvolvimento Humano elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), ocupando o 161º lugar entre os 177 países que constam do relatório daquela agência internacional.
O Relatório do Desenvolvimento Humano/2006, subordinado ao tema "A água para lá da escassez: poder, pobreza e a crise mundial da água", foi hoje apresentado publicamente em Luanda, numa cerimónia que contou com a presença de membros do Governo angolano e do Sistema das Nações Unidas em Angola.
O documento refere, entre outros indicadores, que a esperança de vida à nascença em Angola é de 41 anos (40,8 no relatório de 2005) e que a probabilidade à nascença de viver até aos 40 anos é de 48,1 por cento, o mesmo valor que constava do anterior relatório.
A taxa de mortalidade infantil em Angola mantém-se em 154 por cada 1.000 nados vivos, enquanto a taxa de mortalidade infantil para menores de cinco anos também se mantém em 260 por cada 1.000 nados vivos, sendo a segunda mais eleva da do mundo, apenas ultrapassada pela Serra Leoa.
Relativamente às crianças, o relatório indica que 31 por cento dos menores de cinco anos têm um peso deficiente para a idade, mantendo-se o valor que constava do documento elaborado no ano passado.
Na cerimónia de hoje foi também apresentado o relatório sobre a Situaçã o da População Mundial em 2006, intitulado "Passagem para a Esperança: Mulheres e Migrações Internacionais".
Segundo o Coordenador Residente Interino das Nações Unidas em Angola, Anatólio Mba, não existem em Angola dados "suficientemente actualizados" para car acterizar a situação das mulheres migrantes ou o impacto da violação dos direitos humanos relativamente à água e saneamento.
1 comentário:
Hoje vou falar de eleições, das eleições em Angola. Já que o Orlando Castro decidiu falar de outra Angola...
E aproveitando a boleia do Alto Hama resolvi analisar as nuances do discurso de José Eduardo dos Santos na abertura do Conselho da República de Angola e das resoluções deste.
O Presidente angolano disse ""Dentro de poucos anos, os órgãos de soberania, tais como a Assembleia Nacional, o Governo e o Presidente da Republica serão legitimados através de eleições democráticas e livres, que pretendemos organizar e realizar de modo transparente e em segurança, para que os seus resultados expressem a vontade soberana do povo angolano".
Repararam na subtileza do "dentro de alguns anos" ? ou "serão legitimados" ? ou ainda "pretendemos organizar e realizar de modo transparente" ?
Se eu fosse malicioso perguntaria se as ultimas não foram transparentes, mas como não sou deter-me-ei apenas no "dentro de alguns anos". Mais uma vez JES não fala nunca em datas. Apenas insinua. Como insinuou anos atrás nos EUA que seriam "depois de..."
E JES poderia ter aproveitado a resolução UNÂNIME do COnselho da República, que o aconselhou a marcar as eleições legislativas para meados de 2008 e as presidenciais para um ano depois, para anunciar as datas definitivas.
Mas uma vez mais não o fez.
Uma vez mais os jornalistas e os politicos tecerão comentários durante uns meses, discutirão acaloradamente as opções e JES manter-se-á calado, agarrado ao poder SEM MARCAR ELEIÇÕES.
Gostaria tanto de me enganar e ouvir JES anunciar a data das eleições...
Enviar um comentário