quarta-feira, dezembro 26, 2007

Homens do MPLA agridem militantes da UNITA

"Supostos elementos do MPLA" agrediram fisicamente militantes da UNITA e queimaram casas de pessoas afectas a este partido no Bailundo, província do Huambo, acusou Alcides Sakala, líder parlamentar desta força política.

Como diplomata e político responsável, Alcides Sakala usa a palavra “supostos”. No entanto, a verdade nua e crua que o líder parlamentar da UNITA não pode usar é a de que foram mesmo elementos afectos ao MPLA que, ao seu velho estilo, usam a razão da força como forma de intimidar quem pensa de forma diferente.

Sakala explicou que as agressões a militantes da UNITA protagonizadas por "presumíveis" elementos do MPLA, ocorreram nas últimas 72 horas, em pleno período de Natal. Das agressões referidas pela UNITA, resultaram ferimentos graves em cinco pessoas e o incêndio de várias casas, fogos alegadamente ateados por "supostos elementos do MPLA", nas localidades de Calombeu e Catande, comuna de Luvemba.

Gosto de ver o Alcides Sakala falar de “presumíveis” e “supostos” elementos afectos ao MPLA. Mas, meu caro Alcides, certamente não estás à espera que eu use as mesmas palavras.

Sei que até prova em contrário todos são inocentes. Mas quem, como nós, conhece o MPLA sabe do que eles são capazes. Algumas das marcas que tenho no corpo também foram feitas, segundo o ordenamento jurídico de qualquer Estado de Direito, por “presumíveis” e “supostos” militantes do MPLA…

2 comentários:

Camilo disse...

A quem o dizes, Orlando...
A quem o dizes...
Após a morte do "Mais Velho", a UNITA começou a ser aniquilada.
Im dia, Orlando, com mais calma, vou-te contar como se deu a "batalha" em Nova Lisboa entre a UNITA e a FNLA.
E outras histórias!...

Anónimo disse...

A PROPÓSITO DE MARCAS.

1 ) Quando um dia foi necessário lutar contra o colonialismo, houve alguém que se demarcou, alinhando com a "Operação Madeira", na vaga perspectiva dum posto de governador do distrito do Bié...

2 ) Quando um dia foi necessário lutar contra o "apartheid", houve um dia alguém que se demarcou, alinhando entre outras com a "operação DISA", na vaga perspectiva que Angola se transformasse possívelmente no "bantustão" mais ao Norte da "constelação" Sul Africana...

3 ) Quando um dia Angola devia ter paz e democracia, houve alguém que se demarcou e tanto contribuiu para "promover" uma das guerras mais sujas que o continente africano assistiu no final do século XX - a "guerra dos diamantes de sangue"...

4 ) Quando hoje necessário se torna em evidenciar a terrível trilha da "terapia" neo liberal em Angola, após a aplicação de tantos e sucessivos choques e perante as receitas em curso, o nosso horizonte continua marcado pelo beco sem saída a que tantos se acondicionaram, sem melhor remédio, ou alternativa!

Martinho Júnior