O Presidente da Assembleia da República de Portugal elogiou hoje, em Luanda, a política externa angolana e deu os "parabéns" ao país pela "ambição" de um papel cada vez maior no continente africano e no Atlântico Sul. Nem mais. Que outra coisa seria de esperar?
"Um país com estas capacidades, aliando o seu potencial económico à sua diplomacia criativa e à capacidade militar, tem que ter uma ambição regional. Parabéns Angola por ter uma ambição regional!", felicitou Gama num discurso aplaudido e que, mais coisa menos coisa, poderia ter sido feito por um qualquer deputado da maioria, ou seja do MPLA.
E disse, com nova revoada de aplausos das bancadas do Parlamento, que Angola "olha de igual para igual" para os principais protagonistas do Atlântico Sul, como o Brasil, Argentina ou África do Sul. "Parabéns Angola por olhar para o Atlântico Sul."
O discurso apologético de Jaime Gama poderia, aliás, ter sido feito por outro dos socialistas portugueses que integram a comitiva e que, aliás, já foi (ou é?) também ilustre militante do MPLA, Vítor Ramalho.
No capítulo das relações bilaterais, Gama salientou o crescendo do investimento português em Angola, cujo mercado tem um lugar especial nas empresas portuguesas que procuram a sua internacionalização, e apontou o igualmente significativo investimento angolano em Portugal em áreas como a banca, a energia e outras que se (des)conhecem.
Jaime Gama depositou uma coroa de flores no monumento a Agostinho Neto, suposto fundador da nacionalidade angolana e primeiro presidente do país com a ajuda, entre outros, de russos, cubanos e – é claro – portugueses.
1 comentário:
A quando da recente visita a Moçambique, Jaime Gama afirmou já não haver fome em Moçambique! Esta declaração foi produzida na inauguração de um grande centro comercial naquele país.
Nesta altura fiz um comentário que terminava assim: Gama é sem dúvida, o paradigma acabado do mau politico que deveria aproveitar a onda, e reformar-se
Abraço
Agry
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