quarta-feira, dezembro 26, 2007

Será que o Estado português só é credor?

A Administração Fiscal portuguesa já recuperou 272 milhões de euros de impostos em falta desde que começou a publicar a lista de devedores, em 2006, de acordo com os dados hoje divulgados pelo Ministério das Finanças. Será que se os portugueses divulgarem o que o Estado lhes deve, em função do que promete e não cumpre, recuperarão alguma coisa?

Em comunicado, o Ministério das Finanças e da Administração Pública refere que "do valor global, cerca de 50 por cento respeita a pagamentos efectuados após a divulgação do nome de devedores na lista.

Pois. Ao contrário do Estado, deste Estado, os cidadãos têm vergonha na cara e vão pagando.

A Direcção-Geral dos Impostos (DGCI) acrescentou na semana passada mais 2.238 nomes à lista dos devedores publicitada na Internet, que passa assim incluir "mais de 8.200" pessoas e empresas.

Fosse o Estado o que não é, uma entidade de bem, e divulgaria também o que deve, a quem deve, ao tempo que deve e, já agora, se tenciona pagar.

"Durante o corrente ano de 2007 já foram proferidas mais de 7.446 decisões de publicitação de nomes de contribuintes com dívidas fiscais, com uma forte incidência nos primeiros dois meses e nos últimos três meses", afirma, orgulhoso, o Ministério tutelado por Teixeira dos Santos, referindo que esta distribuição resultou "das alterações aos critérios de selecção de devedores, ocorridas em Janeiro e Outubro".

E, assim, o Estado socretino vai tirando com as duas mãos, não dando com nenhuma. É mais um caso para dizer: se houvesse moralidade… comiam todos. Assim como só o Estado socialista.

1 comentário:

Anónimo disse...

É lamentável que o Estado tenha o comportamento de um infractor, ou porque não dizer de um bandido.
Se existe algum contribuinte com dívidas ao Estado português verá o seu nome divulgado na lista de devedores e o Estado iniciará o processo de penhora. Se for uma divida do Estado, é este que define os critérios a cumprir. Mas não diz quando paga e ....se paga.
E se quiserem reclamar, vão para os tribunais....que a decisão será tomada daqui a .....15/16 anos. Isto é Portugal