terça-feira, maio 10, 2011

Os portugueses não vão viver sem comer
- Com Sócrates haverá farelo para todos!

Portugal tinha em 2008 os reformados mais pessimistas da Europa e uma população activa que ia pelo mesmo caminho, ao considerar que teria pensões insuficientes para fazer face às suas necessidades, revelava um barómetro divulgado no dia 22 de Janeiro desse ano.

Apesar de muito gostarem os portugueses de atazanar o excelso sumo pontífice do PS e primeiro-ministro do reino lusitano, José Sócrates, continuaram a votar nele e ao que tudo indica vão agora fazer o mesmo.

A perda de rendimentos com a reforma acentuava-se já em 2008 e no caso português, onde tanto reformados como activos esperavam más condições financeiras e onde a qualidade de vida dos reformados estava abaixo da média na Europa Ocidental.

Como se viu nos anos seguintes, nada que preocupasse José Sócrates, o mais sublime dono do reino e, é claro, o mais honorável político português, sobretudo porque consegue às segundas, quartas e sextas dizer o contrário do que diz às terças, quintas e sábados.

Qualidade de vida dos reformados abaixo da média na Europa Ocidental? Pode lá ser? Bom. Mas mesmo que seja, sempre está uns pontitos acima do que se passa no Burkina Faso, não é sr. primeiro-ministro?

Dois terços dos portugueses inquiridos consideravam que o valor da reforma que tinham ou pensavam vir a ter era ou seria "insuficiente para suprir as necessidades - uma proporção que aumenta entre as mulheres e as classes sociais mais baixas".

De facto, e nisso Sócrates tem razão, os portugueses são uns mal agradecidos. Pelo menos não lhes é dito (utilizando a frase do, nesse ano, ministro angolano da Defesa, Kundy Paihama) que comam farelo “porque os porcos também comem e não morrem”.

Não lhes é dito, por enquanto. Votem em José Sócrates e não tardarão a ter duas alternativas: viver sem comer ou investir em farelo.

A seguir à Hungria e à República Checa, Portugal era (e o FMI ainda estava longe de comprar bilhete para o reino de José Sócrates) o país europeu onde as pensões eram as mais baixas e seriam precisos em média mais 110 euros por pessoa para fazer face às despesas domésticas básicas, uma realidade que mais uma vez tem maior incidência nas classes sociais mais baixas. Isto em 2008, recorde-se.

Não está mal. Se Portugal é baixo em quase tudo, está por baixo em quase tudo, até por uma questão de coerência deve continuar assim. Não é isso, sr. primeiro-ministro?

1 comentário:

Fada do bosque disse...

Há dois milhões de processos pendentes em tribunal. Tróika manda acabar com eles em dois anos.

Governo convenceu Troika a tirar liquidação do BPN do acordo:

Finalmente!, as medidas impostas do exterior ao “Governo português” vão obrigar a resolver o processo do envolvimento do actual 1º ministro no caso de corrupção por suborno para a construção do Freeport; E (não esquecendo o Portucale do BES/CDS) vai igualmente condenar os responsáveis pelo escândalo da fraude financeira que envolveu responsáveis do PSD com funções ao mais alto nível do Estado e pôs Portugal à beira da Bancarrota. Encobrimento com encobrimento se paga, “troika queria a falência do BPN mas Sócrates segurou o banco” (Público 6 de Maio pag. 8). O grande conglomerado PS e PSD tem boas razões para se conluiar num acordo clandestino para tentarem os dois juntos e “um contra o outro” ludribiar o povo. E, ao que se sabe, quem anda a concertar esse acordo pelos bastidores é um clássico: o Botas democrático Mário Soares.


os “Programas de governo” dos traidores

Com as despesas todas pagas pelo PSD um grupo de expertos ligados ao neoliberalismo – o movimento Mais Democracia com Catroga, o ex-ministro das finanças de Cavaco Silva à cabeça – anda há meses a congeminar um programa eleitoral e concluíram que quando lá chegarem (se chegarem) vão querer “aproveitar a crise para mudar radicalmente as estruturas do Estado”. Hoje em dia quem queira saber as linhas com que nos vão cozer tem de ler a imprensa estrangeira – e assim se soube que os do PSD são mais papistas que o Papa: a direita de Passos Coelho/PSD-CDS propõem reformas mais drásticas que o próprio FMI. O professor Marcelo diz na TVI que "é preciso explicar que o programa do PSD tem dimensão social (outra refinada aldrabice). O ministro do governo diz "não acho que o FMI seja neoliberal". Por esse outro lado, ou seja, pelo mesmo lado o programa eleitoral do Partido dito “Socialista” puxa dos galões na aldrabice crónica institucional enviando à comunicação social o ministro da psicologia Augusto Santos Silva com o recado que “a Troika não pode impor medidas que violem a Constituição” (Jornal de Negócios 29 de Abril pag. 44) quando afinal o FMI-EU-BCE vieram dizer quando divulgaram o memorando que “certos aspectos da Constituição terão de ser mudados para que os objectivos do programa possam ser cumpridos”.

Fonte: http://xatoo.blogspot.com/

O que mais aflição faz, é que o gajo vai ganhar. Ele é representante do PS e foi eleito por 20% dos militantes... os outros abstiveram-se e moita carrasco! O Soares anda a manipular a coisa!