Mais de metade dos portugueses pensa que irá viver pior daqui a 20 anos, uma expectativa partilhada com os cidadãos dos países há mais tempo na União Europeia mas que contrasta com o optimismo dos novos Estados-membros.
A Comissão Europeia publicou hoje, em Bruxelas, um inquérito Eurobarómetro realizado em Abril último sobre a forma como os europeus imaginam a sua realidade social daqui a 20 anos.
A Comissão Europeia publicou hoje, em Bruxelas, um inquérito Eurobarómetro realizado em Abril último sobre a forma como os europeus imaginam a sua realidade social daqui a 20 anos.
Cerca de metade das pessoas interrogadas (49 por cento) está convencida que, daqui a duas décadas, a sua qualidade de vida irá deteriorar-se em relação a hoje, e menos de quatro em cada dez (38 por cento) prevê uma melhoria.
Os portugueses pensam maioritariamente (53 por cento) que terão condições de vida piores e menos de um em cada três (31 por cento) perspectiva uma melhoria.
As respostas nos novos Estados-membros foram significativamente mais optimistas que as dos 15 Estados-membros mais antigos, entre os quais se encontra Portugal.
O optimismo diminui com a idade mas aumenta com o nível de educação e o grau de urbanização. Os portugueses (56 por cento) estão entre os europeus (41 por cento) que mais convencidos estão em que daqui a 20 anos será maior a diferença entre ricos e pobres, só ultrapassados pelos cipriotas (62 por cento) e holandeses (60 por cento).
Por outro lado, os portugueses (86 por cento) são os europeus (70 por cento) mais convencidos em como daqui a duas décadas os homens irão partilhar de uma forma mais igualitária as tarefas domésticas com as mulheres.
O inquérito Eurobarómetro foi divulgado no quadro da apresentação também hoje em Bruxelas da "agenda social renovada", que segundo a Comissão Europeia "visa dotar os europeus, em especial os jovens, de meios e capacidades para dar resposta às realidades em rápida mutação e a evoluções como o recente aumento dos preços dos géneros alimentícios e do petróleo e as perturbações dos mercados financeiros".
Em Portugal foram feitas 104 entrevistas pela empresa Consulmark no período de 9 a 13 de Abril último.
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