“Não calem o JN!” e “Em defesa do DN!” foram os títulos de duas petições lançadas em Janeiro de 2009 na Internet, em defesa da continuidade dos dois títulos do grupo Controlinveste e contra a reestruturação que estava em curso no grupo presidido por Joaquim Oliveira, que empregava cerca de 1000 pessoas.
Entre as medidas então anunciadas e depois concretizadas pela administração da Controlinveste estava o despedimento colectivo de 123 trabalhadores em quatro publicações do grupo, incluindo os jornais 24 Horas e O Jogo. Deste total, mais de 60 eram jornalistas e os restantes trabalhavam em áreas diversas, desde a parte comercial aos serviços de produção e de apoio às redacções.
As duas petições sublinhavam a singularidade de cada um dos dois maiores jornais da Controlinveste e afirmavam que existia o perigo de os dois títulos passarem a ser “veículos de um pensamento único”, devido às acções de sinergia que estão a ser introduzidas entre o trabalho das redacções.
Mais de quatro mil pessoas assinaram a petição. Por manifesta incapacidade da minha parte, solicito e agradeço a ajuda dos leitores para saber se algum dos membros do Conselho Editorial do JN (ver foto) assinou esses documentos.
Eu sei, citando Luís de Camões, que:
“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança:
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança:
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem (se algum houve) as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto,
Que não se muda já como soía.”
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