Segundo a nova edição azul do jornal Correio da Manhã (leia-se Jornal de Notícias) são 481 empresas, localizadas sobretudo no Porto, e devem à Segurança Social um total de 10,658 milhões.
Diz o JN que “as empresas foram "apanhadas" em duas situações ilegais. A primeira diz respeito a lay-off irregulares. Uma empresa pode suspender o trabalho, total ou parcialmente. O trabalhador é mandado para casa a receber dois terços do salário (enquanto isso, pode trabalhar para outra entidade empregadora)”.
Que muitas empresas (não seria mais correcto falar de muitos empresários?) se comportam – tal como o próprio Estado – à margem da lei, não é novidade. O que lhes importa é o lucro a todo o custo, e na primeira linha da estratégia roscofe desses empresários, formados na horizontalidade do calor da noite, a prioridade é despedir todos aqueles que fazem da erectilidade uma forma de vida.
Assim, com a preciosa ajuda do Governo, a grande aposta está na falência das empresas (que não dos empresários). Não importa a sociedade que se quer construir mas, apenas, a sociedade que se quer destruir. Nesse contexto, pessoas são apenas os que estão ligados ao poder. Todos os outros são escumalha reles e desprezível.
E quando mais reles e desprezíveis forem, maior é o orgasmo dos donos do poder empresarial e político. Aliás, mesmo que mórbido, eles têm prazer em viver com o mal dos outros. É uma questão atávica que, sem intervalos, vai passando por todas as gerações que dominam o reino.
Para comprovar esta luso sociedade do faz de conta, basta ver o azedume do primeiro-ministro e do presidente da República pela frustração que sentem por não terem ainda conseguido transformar os jornalistas nos acéfalos e invertebrados sipaios ao serviço (bem pago) da sua causa.
O PSD, embora numa campanha atolada de mentiras por todo o lado, ganhou as eleições e por isso vai continuar a luta para acabar com todos aqueles (e são cada vez menos) que teimam em pensar com a própria cabeça.
Se em meia dúzia de meses já fizerem o que está à vista e que, diga-se, corrobora a estratégia socialista dos governos de José Sócrates, numa legislatura completa vão passar a certidão de óbito à liberdade e à diversidade de opiniões.
Para isso contam, como se sabe, com a vital ajuda dos donos dos jornalistas e dos donos dos donos.
O Governo de Pedro Miguel Passos Relvas Coelho conseguiu em meia dúzia de meses, com a colaboração dos amigalhaços portugueses e dos capitais do MPLA, fazer de grande parte da “imprensa o tapete do poder”. Do seu poder.
Aliás, como gostam de me recordar, mais vale ser um propagandista da banha da cobra do PS…D, mas de barriga cheia, do que um ilustre Jornalista com ela vazia.
Dizem-me, certamente por amizade, que devo treinar para aprender a pensar apenas com a cabeça... do chefe. E se calhar têm razão.
Que importará que a liberdade seja apenas uma coisa residual e que a democracia entre pelo cano (de esgoto), se eu – como os empresários do regime - estiver de barriga cheia?
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