A proposta de revisão dos estatutos do PSD, hoje aprovada em Conselho Nacional, impede os condenados a dois ou mais anos de prisão de exercerem cargos partidários pelo período correspondente à pena.
Ou seja, todos os condenados nessas circunstâncias não poderão exercer cargos partidários mas, é claro, poderão transitar para os conselhos de administração das empresas públicas ou para as outras onde – porque não cospem nos pratos que lhe dão comida – os novos donos reverenciam os donos do poder.
"Constitui inelegibilidade para qualquer cargo do partido qualquer condenação a pena de prisão igual ou superior a dois anos, pelo período correspondente à pena, a contar desde a data da prolação da respectiva decisão", lê-se no documento a que agência Lusa teve acesso.
Esta proposta de estatutos, que vai ser submetida ao Congresso do PSD de 23, 24 e 25 de Março para discussão e votação, estabelece, por outro lado, a eliminação da chamada "lei da rolha", que prevê a suspensão ou expulsão dos militantes que contrariem as orientações do partido em período pré-eleitoral.
Em período pré-eleitoral ainda vá que não vá. Depois a rolha volta a funcionar, se for caso disso. Por regra não é necessário. Aliás, cada vez mais, a ausência de coluna vertebral é essencial para se ser político. E sem ela ninguém se atreve a discordar do sumo pontífice social-democrata, de seu nome Pedro Miguel Passos Relvas Coelho.
Por outro lado, o texto aprovado por unanimidade (pudera!) na reunião do Conselho Nacional do PSD aumenta o número de membros efectivos deste órgão de 55 para 70 e o número de suplentes de 10 para 15.
Segundo o secretário-geral do PSD, José Matos Rosa, o objectivo desta alteração é "assegurar um equilíbrio entre os membros efectivos do Conselho Nacional e os membros inerentes", para que estes últimos não sejam em número superior.
O documento aprovado inclui ainda uma disposição transitória que determina que, se esta proposta de estatutos for aprovada pelos congressistas em Março, as novas regras estatutárias já se aplicam à eleição dos órgãos nacionais no último dia desse Congresso.
Está, portanto, no bom caminho este PSD que é de Pedro Miguel Passos Relva Coelho mas que nada tem do PPD de Francisco Sá Carneiro.
Para mim, entre analfabetos puros e os que são analfabetos funcionais (sabem ler e escrever mas não lêem nem escrevem), eu prefiro os puros. Por regra são só isso: analfabetos. Quanto aos primeiros, os donos da política, basta olhar para muitos dos par(a)lamentares do reino lusitano, para saberem que aliam sempre ao analfabetismo um boa dose de estupidez.
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