Diz a Lusa que as estruturas europeias (não as internas porque Portugal fica no norte de África) do PSD definiram hoje a credibilidade internacional de Portugal como “indispensável” para a “plena recuperação económica” do país.
Nada de novo, como é natural e como estava, aliás, escrito na cartilha enviada de Lisboa. Os sipaios também manifestaram apoio à “forma determinada” como o primeiro-ministro (que dizem ser Pedro Passos Coelho) tem liderado o Governo.
Reunidos em Bruxelas, as estruturas da emigração na Europa do PSD decidiram apelar às comunidades portuguesas para se “empenharem profundamente na valorização da imagem de Portugal”, dando também sinais positivos às medidas tomadas para a reforma da diplomacia económica, tais como a “aproximação entre o Ministério dos Negócios Estrangeiros, a AICEP e o Turismo de Portugal”.
Ao que se sabe, igual posição terá sido tomada pelas estruturas do PSD no Burkina Faso. A notícia não terá, contudo, sido divulgada porque o antigo nome deste país (Alto Volta) poderia ser interpretado como um apelo ao regresso de José Sócrates…
Em declarações à agência Lusa, o sipaio – perdão, deputado - do PSD eleito pelo círculo da Europa, Carlos Gonçalves, sublinhou que as comunidades permanecem, “mesmo à distância, muito atentas” à situação de crise que se vive em Portugal, e estão dispostas a contribuir para valorizar a imagem e credibilidade do país.
O Governo, dizem as estruturas europeias do PSD no documento das conclusões do encontro, deve “prosseguir acções de apoio aos portugueses emigrados que se vêem em situações de exploração laboral ou desemprego”, e deve também “identificar e promover novos produtos financeiros destinados à captação de poupanças e investimentos dos portugueses no estrangeiro”.
As organizações de sipaios no estrangeiro estão, reconheço, a ganhar nova vitalidade. O governo está a dar uma ajuda decisiva ao decidir que o futuro dos desempregado do seu país passa pela emigração.
Recorde-se que também que o chefe do posto da Juventude, Alexandre Miguel Mestre, disse no Brasil que os jovens que não arranjam emprego em Portugal devem emigrar.
E, na óptica do governo esclavagista de Pedro Miguel Passos Relvas Coelho, quantos mais forem, melhor. E se aos jovens se juntar os mais de um milhão de desempregados, os 20% de miseráveis e os outros 20% que ainda têm pratos mas não têm comida, então o país ficará em ordem.
Espera o Governo que esses novos emigrantes não procurem dar "uma imagem correcta" do país. Se o fizerem o reino lusitano está literalmente lixado.
Isto porque terão de falar de um país onde 40% de cidadãos estão a aprender a viver sem comer, onde o importante não é estar bem preparado, desde logo porque a competência nada significa perante a subserviência em que os "jobs" são para os "boys", onde os génios são menos importantes do que os néscios, desde que estes tenham obviamente cartão do partido.
Terão de falar de um país onde os seus licenciados andam a guiar táxis, a fazer embrulhos em lojas de roupa ou a servir às mesas nos cafés.
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