quarta-feira, julho 02, 2008

Ao contrário de Angola e Moçambique
Cabo Verde diz o que pensa de Mugabe

Ao contrário de outros governos lusófonos de África, nomeadamente de Angola e Moçambique, o de Cabo Verde não tem dúvidas quanto ao que se passa no Zimbabué. A comunidade internacional não pode pactuar com o regime de Robert Mugabe que está novamente no poder depois de eleições que não foram livres nem justas, afirmou hoje o primeiro-ministro cabo-verdiano.

Que grande exemplo. Que grande lição.

Recorde-se que embora a UNITA (
UNITA acusa organizações africanas de darem cobertura a Robert Mugabe) e a RENAMO (Dhlakama exige encerramentoda embaixada de Robert Mugabe) tenham dito a mesma coisa, não são partidos de Governo.

"É preciso que as eleições em todos os países africanos sejam livres e transparentes. Não considero que estas eleições no Zimbabué tenham sido livres e transparentes. Espero que haja bom senso e que a democracia possa vingar no Zimbabué", afirmou José Maria Neves em declarações à Lusa.

"É preciso liberdade de expressão e de criação de partidos políticos. É isso que tem que acontecer e portanto as eleições não podem ser nenhuma farsa, têm que ser livres e transparentes", disse.

Questionado sobre a posição de Cabo Verde face ao novo governo do Zimbabué, o chefe do governo declarou-se "solidário com a oposição zimbabueana", afirmando que apesar do executivo "não precisar do reconhecimento de Cabo Verde", a comunidade internacional "não pode pactuar com atitudes desta natureza".

Parabéns José Maria Neves
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2 comentários:

Anónimo disse...

FpD - Frente para a Democracia em Angola e a Democratic Alliance da África do Sul também estão contra o regime de Mugabe. Ambos partidos faz muito que publicamente tudo têm feito para denunciar a situação no Zimbabwe; vigilias, etc. Liberdade e democracia para o povo irmão do Zimbabwe.

goiaba disse...

Bom seria que outros governantes fossem tão corajosos como os de Cabo Verde. A maior parte "tem o rabo preso". E não são só os governantes africanos ...
A situação no Zimbabué já teria sido resolvida com o apoio do Reino Unido e dos EUA se houvesse petróleo - mas nem o ouro é tanto quanto em tempo julgaram.