A comunicação social portuguesa mereceu palavras de apreço do Bispo do Funchal, D. António Carrilho. Hum! Alguma coisa, pareceu-me, não batia certo.
D. António Carrilho esclareceu-me logo a seguir: “É por isso que hoje, mais do que nunca, os meios de comunicação social se têm de colocar ao serviço da pessoa e da sociedade no respeito e promoção dos direitos e valores humanos fundamentais”.
Mas será, pergunto eu que nem à missa vou, que em Portugal – por exemplo – existe “promoção dos direitos e valores humanos fundamentais”?
D. António Carrilho acentuou ainda que “assumindo as suas responsabilidades éticas a comunicação social não pode deixar de se colocar ao serviço da verdade e do bem com isenção e liberdade responsável”.
Essa não, D. António Carrilho! Em que país é que o senhor julga que está? Comunicação Social ao serviço da verdade? Ao serviço do bem com isenção e liberdade responsável? Onde? Onde?
Tirando algumas raras, cada vez mais raras, excepções, todos os jornalistas que pensam como D. António Carrilho ou estão no desemprego ou, para não terem de viver sem comer, mudaram de profissão.
D. António Carrilho parece esquecer, se calhar é por se estar no Natal, que os donos dos jornalistas e os donos dos donos dos jornalistas não estão nada, nadinha mesmo, interessados em ter os seus meios ao serviço da verdade.
O que eles querem, apenas, é tê-los ao serviço dos seus interesses de forma a que se não saiba que existem faces ocultas (algumas até tenebrosas) na sociedade portuguesa, que existem negociatas de todo o tipo que, se tornadas públicas, até envergonhariam os mais pérfidos e putrefactos ratos de esgoto.
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