O Sindicato dos Jornalistas (SJ) portugueses é o anfitrião de organizações de jornalistas dos países de língua portuguesa que, de 5 a 7 de Dezembro, se reúnem em Lisboa, na sede nacional do Sindicato, em Assembleia constitutiva da Federação de Jornalistas de Língua Portuguesa.
A iniciativa é uma antiga aspiração do SJ e demais organizações de jornalistas dos países de língua portuguesa e comunidades da diáspora, que há cerca de três décadas vêm promovendo reuniões, seminários, encontros e congressos com vista à criação da Federação de Jornalistas de Língua Portuguesa.
O objectivo central da Federação é o da criação de uma estrutura internacional de cooperação e de defesa dos interesses comuns dos profissionais de língua portuguesa, bem como de promoção deste património cultural – o idioma – historicamente partilhado entre as nações e comunidades lusófonas pelo mundo.
No último ano, contactos multilaterais permitiram dar à ideia um novo impulso, perspectivando-se a constituição de uma Federação de jornalistas, envolvendo organizações profissionais da quase totalidade nos países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e ainda das respectivas comunidades na Diáspora.
É neste contexto que o Sindicato dos Jornalistas portugueses – com apoio da comissão ad hoc entretanto formada para dar corpo à Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa e o patrocínio da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – CPLP – organiza a Assembleia constitutiva da referida Federação. No encontro participam representantes do Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-bissau, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Portugal. Espera-se que os representantes de Timor-leste venham juntar-se posteriormente ao projecto.
O projecto conheceu, no último ano, um impulso determinante com a realização de três encontros, respectivamente em Angola, Brasil e Cabo Verde, que deram novo fôlego à última grande manifestação em seu favor ocorrida em 2000, durante o Congresso de Jornalismo de Língua Portuguesa, em Recife, capital do Estado de Pernambuco.
Pioneiro desta iniciativa, o SJ está convicto de que as organizações envolvidas e respectivos filiados “partilham um indeclinável amor pela liberdade de expressão e uma responsável defesa dos direitos, liberdades e garantias das pessoas e dos povos”, e consideram que “a imprensa livre é um elemento estruturante, sem o qual não é possível edificar uma sociedade justa e progressiva, cabendo aos jornalistas o papel histórico da mediação entre quem discute, planeia e executa as transformações e os povos aos quais estas se dirigem”.
Considerando que, “no contexto da globalização, da concentração dos meios de informação e da formação de conglomerados de comunicação, os problemas da liberdade de expressão não se cingem hoje às fronteiras deste ou daquele país, colocando-se, pelo contrário, em escalas e em complexidade cada vez maiores”, o SJ e as organizações suas congéneres estão convictos de que “tais condições reclamam hoje respostas mais amplas e mais eficazes, convocando a cooperação fraterna entre organizações profissionais e a solidariedade na acção, valores que os jornalistas seguramente comungam, mas a que urge dar conteúdo concreto”.
A intenção desta Federação é justamente criar um espaço de debate e encontro para as organizações representativas dos jornalistas dos países lusófonos onde se possa discutir e dar resposta a questões comuns, desde logo as respeitantes à defesa da língua portuguesa que partilhamos, mas também de direitos, de organização, de melhoria das condições de trabalho, de defesa dos direitos de autor, entre outros.
Fonte: Sindicato dos Jornalistas de Portugal
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