Manuel Ferreira Leite lidera o PSD e, embora não se tenha a certeza, também o partido de José Pacheco Pereira. A minha opinião, é claro, não conta para este, nem para qualquer outro, campeonato. Creio, contudo, que a alternativa para retirar José Sócrates do poder foi de mal a pior. Mas, pelos vistos, não foi suficiente.
Assim não pensarão certamente os 37,6% de militantes que votaram em Ferreira Leite e que, ao que parece, continuam a apostar numa qualquer brigada do reumático para substituir a actual líder.
Se assim for, o PSD vai continuar a ser segundo ou, como certamente diria o filosófico Pacheco Pereira, o primeiro dos últimos.
Manuela Ferreira Leite (tal como Santana Lopes) foi mais do mesmo. Mais daquilo que ajuda a afastar os portugueses da política, que contribui para a manutenção do poder nas mãos de José Sócrates.
Diferente, e por isso ainda condenado ao insucesso, pareceu-me ser Pedro Passos Coelho, com quem os portugueses teriam a ganhar. Se eu fosse militante do PSD votaria em Pedro Passos Coelho. Tudo porque, digo eu, acredito nos homens que põem o poder das ideias acima das ideias de poder.
Como em (quase) tudo na vida, existem pessoas que querem ser os primeiros entre os primeiros, e outras para quem ser o primeiro dos últimos é suficiente, que querem ser umas espécie de Sport Lisboa e Benfica (viver dos louros do passado e aceitar passivamente ser segundo, terceiro ou quarto). É assim no PSD.
Recordo, até porque não penso gastar muitas linhas mais com o PSD do passado, que Luís Filipe Menezes não pode concentrar as suas forças no adversário porque, dentro de casa, não faltaram barões não eleitos a tentar fazer-lhe a cama.
E tanto tentaram que concretizaram o seu sonho, embora seja um, mais um, pesadelo para os portugueses. E, pelos vistos, assim querem continuar. Mudar não é com eles.
Sem comentários:
Enviar um comentário