domingo, janeiro 24, 2010

A bem da Nação venham as chibatadas

Uma rapariga foi condenada a 90 chicotadas e dois meses de prisão depois de ter agredido um professor. O caso aconteceu na Arábia Saudita e foi revelado por um juiz. Ora aí está. Cá para mim Portugal deveria adoptar o sistema, mas adaptando-o a outras actividades, tal como é, aliás, feito pelos sauditas.

De acordo com a Amnistia Internacional, citada pela agência AP, a agressão da aluna aconteceu depois da adolescente ter sido apanhada com um telemóvel com câmara.

«O veredicto foi-lhe lido no tribunal e ela não objectou», disse o juiz Riyadh al-Meihdib, numa entrevista publicada pelo jornal saudita «Al-Watan». O magistrado disse ainda que o professor recusou perdoar a rapariga.

Por outro lado, uma mulher de 75 anos foi condenada a 40 chicotadas e a quatro meses de prisão na Arábia Saudita, por se ter encontrado com homens que não eram da sua família.

Segundo um comunicado da Amnistia Internacional, o Ministério do Interior saudita ordenou a execução imediata da condenação de Khamisa Mohammed Sawadi, de 75 anos, e de dois sauditas identificados apenas como sendo Fahad e Hadyan.

Ainda na Arábia Saudita, um tribunal condenou uma jornalista a 60 chicotadas por ter feito uma entrevista para um programa de TV com um homem que admitiu ter mantido relações sexuais fora do casamento, noticiou a «CNN».


O tribunal de Jidá aplicou ainda a Rosanna Al-Yami uma pena de prisão de cinco anos e uma suspensão de dois anos que a impede de viajar para fora da Arábia Saudita.

Num episódio do programa «A Obscura Linha Vermelha», Mazen Abdul Jawad, que falava abertamente sobre as suas experiências sexuais, foi levado a julgamento e condenado a cinco anos de prisão e a mil chicotadas.

Suleiman Al-Jumeli, o advogado que representa Abdul Jawad, também confirmou a sentença contra Al-Yami, destacando que ela é a primeira jornalista saudita a ser condenada dado a natureza da sua profissão.

Abdul Jawad, de 32 anos, divorciado e pai de quatro filhos, falou abertamente sobre suas aventuras sexuais, o seu amor pelo sexo e de ter perdido a sua virgindade aos 14 anos.

O episódio causou um alvoroço na Arábia Saudita, onde a Sharia, ou a lei islâmica, é praticada e onde o sexo antes do casamento é ilegal.

Como se vê, Portugal poderia adoptar estas regras de forma a conseguir que alunos e jornalistas, entre outros cidadãos de segunda, aprendessem a saber quem manda, aprendessem a comer e calar... a bem da Nação.

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