Uma lancha da Armada (portuguesa, com certeza) abriu fogo de metralhadora sobre uma embarcação descaracterizada da Polícia Marítima (portuguesa, com certeza), que estava a realizar uma operação de vigilância costeira perto de Portimão.
A coisa está linda. O Simplex das comunicações e da articulação de acções parece ter encravado num qualquer “Magalhães” cujo prazo de validade já há muito deve ter passado. E se fosse só o “Magalhães”...
A cerca de quatro milhas da costa, ao largo da praia da Salema, a lancha «Pegaso» da Marinha Portuguesa aproximou-se de um barco, que levantou suspeitas para a Armada, tendo disparado quatro rajadas de metralhadora mas afinal tratava-se de uma embarcação descaracterizada onde seguiam três elementos da Polícia Marítima.
Voltou o tempo de disparar primeiro e perguntar depois. Mas voltou não para dar caça aos criminosos mas, isso sim, para pôr na ordem o que também andam à procura desses mesmos criminosos. Portugal não brinca em serviço.
Sem responder ao fogo, a embarcação da Polícia Marítima acelerou para uma distância segura, «ligando posteriormente os pirilampos rotativos» que a identificam enquanto lancha policial. Foi, calculo, a melhor forma de comunicação entre forças que, supostamente, actuam na mesma zona e com os mesmos objectivos. Supostamente, é claro!
O incidente entre as duas forças da Armada sucedeu numa área referenciada pelas autoridades como uma zona de tráfico de estupefacientes do Norte de África para o Sul do Europa.
Como se trata de uma questão de natureza operacional, não sei se isso se aplica aos criminosos ou aos que procuram apanhar os criminosos, o gabinete do chefe de Estado-maior da Armada não quis comentar.
Trata-se pois de um, mais um, bom exemplo de como os portugueses podem estar descansados. Enquanto, neste caso, os traficantes de droga bebem umas cervejas numa esplanada, as forças policiais andam aos tiros entre elas.
Sem responder ao fogo, a embarcação da Polícia Marítima acelerou para uma distância segura, «ligando posteriormente os pirilampos rotativos» que a identificam enquanto lancha policial. Foi, calculo, a melhor forma de comunicação entre forças que, supostamente, actuam na mesma zona e com os mesmos objectivos. Supostamente, é claro!
O incidente entre as duas forças da Armada sucedeu numa área referenciada pelas autoridades como uma zona de tráfico de estupefacientes do Norte de África para o Sul do Europa.
Como se trata de uma questão de natureza operacional, não sei se isso se aplica aos criminosos ou aos que procuram apanhar os criminosos, o gabinete do chefe de Estado-maior da Armada não quis comentar.
Trata-se pois de um, mais um, bom exemplo de como os portugueses podem estar descansados. Enquanto, neste caso, os traficantes de droga bebem umas cervejas numa esplanada, as forças policiais andam aos tiros entre elas.
Sem comentários:
Enviar um comentário