Dizem os vassalos do regime de Angola que é falso que militares angolanos estejam ao lado de Muammar Kadhafi. Ao que parece, afinal não há na Líbia nenhum tipo de mercenários, sejam africanos ou não. Consta até que nem sequer há líbios...
O mesmo se diz sempre que o regime de José Eduardo dos Santos (na imagem com o seu ex-futuro-actual homólogo da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo), inocente como é hábito, manda os seus homens ajudar ditadores amigos.
Segundo o jornal “The Sunday Times”, um avião de carga Antonov An-22, com matrícula de Angola, transportou toneladas de armas de Harare para Laurent Gbagbo, o presidente derrotado pelo voto popular na Costa do Marfim.
Pelos vistos, a única coisa verdadeira nesta notícia era que a matrícula era falsa e que, claro está, foi colocada no Antonov só para chatear o dono de Angola.
De acordo com o jornal, o transporte do armamento para as forças fiéis ao amigo do presidente angolano terá sido feito durante o Natal e a passagem de ano.
Fontes em Harare disseram ao “The Sunday Times” que o presidente do Zimbabué, e também amigo do regime angolano, Robert Mugabe, autorizou a remessa de armas após um apelo de Gbagbo que oferece petróleo em troca de ajuda militar.
As fontes citam como líder da operação um empresário chinês, identificado apenas como Sam Pa, que terá garantido a Mugabe que não deixaria pontas soltas que pudessem implicar o presidente do Zimbabué.
Algo de semelhante se passa na Líbia. Se o regime se aguentar, Kadhafi vai agradecer a ajuda oficial de Angola e dar, certamente, o nome de Eduardo dos Santos a uma avenida de Tripoli. Se não se aguentar, tudo fará para que não fiquem pontas soltas que possam mostrar ao mundo que por lá andaram africanos, de armas na mão, que falam português.
Mas como não é possível esconder todas as pontas, não tardará muito a saber-se a verdade.
Recorde-se, como muito bem disse o Jornalista Carlos Narciso no seu blogue (http://www.blogda-se.blogspot.com/), em Março de 2007, “foi Angola quem pôs Joseph e Laurent Kabila no poder, no Congo Democrático (que raio de designação para um país daqueles…) e que sustentou esse regime “dinástico” durante a guerra civil”.
“Angola fez o mesmo no outro Congo plus petite, idem para o Zimbabwe. Angola não se inibe de provocar quedas de regimes que não lhe convenham. Foi o que fez com todos os que apoiavam Savimbi, só falhando o golpe de estado que preparou na Zâmbia”, escreveu Carlos Narciso, acrescentando que “nos países onde a pressão da comunidade internacional consegue a realização de um simulacro de democracia, com eleições gerais mais ou menos livres e justas, os “cavalos” angolanos vencem sempre”.
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