Mesmo sabendo que os homens e mulheres ligados ao poder de Eduardo dos Santos vestem Hugo Boss ou Ermenegildo Zegna, compram relógios de ouro Patek Phillipe e Rolex e gastam 120 mil euros numa pulseira, é preciso que a comunidade internacional continue a ajudar o regime.
Dessa ajuda é sempre possível que algumas migalhas cheguem aos angolanos reais. E esses, cerca de 70% da população, andam de barriga vazia, vivem nos bairros de lata, são gerados com fome, nascem com fome e morrem pouco depois com... fome.
Aliás, Angola precisa de toda a ajuda, apesar de ser um país rico e de ter, como disse a “New Stateman”, um presidente que figura no “top 10” dos maiores ditadores do Mundo. Só está no poder há 32 anos sem nunca ter sido eleito...
É claro que, tirando uma percentagem que será aplicada – por mero exemplo - na compra de roupa Hugo Boss ou Ermenegildo Zegna, ou em relógios de ouro Patek Phillipe e Rolex, sempre vão sobrar alguns dólares para comprar uns sacos de fuba e de peixe podre... para os outros angolanos.
Os angolanos deixaram há nove anos de morrer devido às balas. Agora morrem à fome. Mas, convenhamos, é diferente morrer com uma bala (sobretudo da UNITA já que as do MPLA só matavam militares...) do que morrer à fome.
Numa outra fase da estratégia de vender gato por onça, o Governo de Luanda continua a contratar (seja para trabalhar em Angola ou em Portugal, por exemplo) especialistas em propaganda.
Não serão mercenários, mas trabalham para quem paga melhor. E quem tem dinheiro que nunca mais acaba (embora o povo continue a morrer à fome) é o MPLA.
Esta não tão nova quanto isso incursão dos craques brasileiros e portugueses recorda-me o que se passou em 2001 quando, no que a Portugal respeita, resolveram dizer de sua justiça a propósito da morte de um concidadão na região de Benguela, vítima de um ataque das FALA.
Na guerra, infelizmente (ou talvez não), as balas não têm olhos. E mesmo que tivessem, os portugueses que então viviam em Angola eram potenciais alvos. Alvos tanto para os soldados da UNITA como para os do MPLA.
Havendo muito mais portugueses do lado da ditadura de Luanda, é natural que desse lado aparecessem mais vítimas.
Aliás, quando Almeida Santos defendeu o uso da guerra para acabar com a guerra em Angola, nada mais fez, é bom reconhecê-lo, do que apontar as armas dos opositores à ditadura de José Eduardo dos Santos aos portugueses que se encontravam no cenário do conflito.
Os amigos dos nossos adversários... nossos adversários são, terão pensado certamente e com toda a legitimidade os soldados das FALA. Não me admirei, por isso, que os portugueses (neste caso) fossem alvos preferenciais. Também o foram quando, por estarem do lado da UNITA, eram alvejados pelas FAPLA.
Aonde se notou a mão criminosa dos especialistas em propaganda, na altura sobretudo brasileiros, foi nos requintes antropófagos com que instruiram os soldados da ditadura de Luanda.
Para efeitos mediáticos, bem à maneira das mais cruéis ditaduras, todos os cidadãos estrangeiros mortos pela UNITA (como aconteceu com esse português) iriam aparecer mutilados.
A propaganda não olha a meios para justificar os dólares. E há sempre quem vá na cantiga. É algo que vende. É algo que sobe audiências.
Pena é que, mais uma vez, os portugueses (começando pelo Governo e terminando em alguns jornalistas) não tenham na altura, e também agora, conseguido perceber o que era propaganda e o que era a verdade.
E se foi assim em 2001, como será em 2011? Não serão mercenários, mas trabalham para quem paga melhor. E quem tem dinheiro que nunca mais acaba (embora o povo continue a morrer à fome) é o MPLA.
Além disso os brasileiros e cada vez mais os portugueses são uma verdadeira tropa de elite. Matam primeiro e perguntam depois.
Aliás, Angola precisa de toda a ajuda, apesar de ser um país rico e de ter, como disse a “New Stateman”, um presidente que figura no “top 10” dos maiores ditadores do Mundo. Só está no poder há 32 anos sem nunca ter sido eleito...
É claro que, tirando uma percentagem que será aplicada – por mero exemplo - na compra de roupa Hugo Boss ou Ermenegildo Zegna, ou em relógios de ouro Patek Phillipe e Rolex, sempre vão sobrar alguns dólares para comprar uns sacos de fuba e de peixe podre... para os outros angolanos.
Os angolanos deixaram há nove anos de morrer devido às balas. Agora morrem à fome. Mas, convenhamos, é diferente morrer com uma bala (sobretudo da UNITA já que as do MPLA só matavam militares...) do que morrer à fome.
Numa outra fase da estratégia de vender gato por onça, o Governo de Luanda continua a contratar (seja para trabalhar em Angola ou em Portugal, por exemplo) especialistas em propaganda.
Não serão mercenários, mas trabalham para quem paga melhor. E quem tem dinheiro que nunca mais acaba (embora o povo continue a morrer à fome) é o MPLA.
Esta não tão nova quanto isso incursão dos craques brasileiros e portugueses recorda-me o que se passou em 2001 quando, no que a Portugal respeita, resolveram dizer de sua justiça a propósito da morte de um concidadão na região de Benguela, vítima de um ataque das FALA.
Na guerra, infelizmente (ou talvez não), as balas não têm olhos. E mesmo que tivessem, os portugueses que então viviam em Angola eram potenciais alvos. Alvos tanto para os soldados da UNITA como para os do MPLA.
Havendo muito mais portugueses do lado da ditadura de Luanda, é natural que desse lado aparecessem mais vítimas.
Aliás, quando Almeida Santos defendeu o uso da guerra para acabar com a guerra em Angola, nada mais fez, é bom reconhecê-lo, do que apontar as armas dos opositores à ditadura de José Eduardo dos Santos aos portugueses que se encontravam no cenário do conflito.
Os amigos dos nossos adversários... nossos adversários são, terão pensado certamente e com toda a legitimidade os soldados das FALA. Não me admirei, por isso, que os portugueses (neste caso) fossem alvos preferenciais. Também o foram quando, por estarem do lado da UNITA, eram alvejados pelas FAPLA.
Aonde se notou a mão criminosa dos especialistas em propaganda, na altura sobretudo brasileiros, foi nos requintes antropófagos com que instruiram os soldados da ditadura de Luanda.
Para efeitos mediáticos, bem à maneira das mais cruéis ditaduras, todos os cidadãos estrangeiros mortos pela UNITA (como aconteceu com esse português) iriam aparecer mutilados.
A propaganda não olha a meios para justificar os dólares. E há sempre quem vá na cantiga. É algo que vende. É algo que sobe audiências.
Pena é que, mais uma vez, os portugueses (começando pelo Governo e terminando em alguns jornalistas) não tenham na altura, e também agora, conseguido perceber o que era propaganda e o que era a verdade.
E se foi assim em 2001, como será em 2011? Não serão mercenários, mas trabalham para quem paga melhor. E quem tem dinheiro que nunca mais acaba (embora o povo continue a morrer à fome) é o MPLA.
Além disso os brasileiros e cada vez mais os portugueses são uma verdadeira tropa de elite. Matam primeiro e perguntam depois.
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