O “almirante vermelho”, Rosa Coutinho, foi recordado no dia 3 de Junho do ano passado pelo Jornal de Angola (JA), órgão oficial do regime do MPLA, que é dono do país desde 11 de Novembro de 1975, sobre o papel que desempenhou na (in)dependência do país.
O JA dedicou-lhe, como não poderia deixar de ser e mesmo pecando por defeito, uma página e uma pequena chamada à capa. Como sugestão de agenda, creio que no primeiro aniversário da morte de Rosa Coutinho, para não voltarar a ser pobre e mal agradecido, o JA deveria dedicar-lhe todo a edição, quanto mais não fosse como reconhecimento pelos trabalhos prestados ao MPLA.
Com o título “O papel de Rosa Coutinho na Independência de Angola” e com o ante-título: “Morte de um amigo de Angola”, o único diário generalista do país e do MPLA lembrava então que o almirante desempenhou “um papel fulcral” nesse período.
É verdade. Fulcral às ordens, entenda-se, do MPLA e protegido por toda a escumalha que na altura (alguns ainda por aí andam muitos) dominava as ocidentais praias lusitanas.
O Jornal de Angola, na resenha histórica sobre o papel de Rosa Coutinho na entrega unilateral do país ao MPLA, recordava o protagonismo do “almirante vermelho” na revolução laboral de Abril de 1974 em Portugal e, é claro, na actividade do oficial português no processo que desde o início tinha apenas um único objectivo: entragar Angola aos camaradas do MPLA.
A propósito da morte de Rosa Coutinho, tanto a UNITA como a FNLA, os dois movimentos que disputaram o poder com o MPLA na fase de transição do regime colonial para a independência, criticaram o papel de Rosa Coutinho o qual, afirmaram, beneficiou de forma clara e parcial o partido de Agostinho Neto, permitindo que o MPLA proclamasse a independência no dia 11 de Novembro de 1975.
O texto, publicado em Junho do ano passado pelo Jornal de Angola, que não era assinado mas que era subscrito pelo dono do país, José Eduardo dos Santos, termina com a frase: “Angola perdeu um bom amigo”.
De facto, se Angola é o MPLA e o MPLA é Angola, perderam um bom amigo. Se Angola são os angolanos, então o país deveria estar em festa porque Rosa Coutinho era um inimigo.
De acordo com outro corajoso militar que ao primeiro tiro se metia debaixo da berliet agarrado à cabeça, o presidente da Associação 25 de Abril, Vasco Lourenço, Rosa Coutinho também foi um herói.
E é assim a história recente de Portugal, onde os cobardes viram heróis, os mentecaptos viram ministros e os competentes são saneados.
Com o título “O papel de Rosa Coutinho na Independência de Angola” e com o ante-título: “Morte de um amigo de Angola”, o único diário generalista do país e do MPLA lembrava então que o almirante desempenhou “um papel fulcral” nesse período.
É verdade. Fulcral às ordens, entenda-se, do MPLA e protegido por toda a escumalha que na altura (alguns ainda por aí andam muitos) dominava as ocidentais praias lusitanas.
O Jornal de Angola, na resenha histórica sobre o papel de Rosa Coutinho na entrega unilateral do país ao MPLA, recordava o protagonismo do “almirante vermelho” na revolução laboral de Abril de 1974 em Portugal e, é claro, na actividade do oficial português no processo que desde o início tinha apenas um único objectivo: entragar Angola aos camaradas do MPLA.
A propósito da morte de Rosa Coutinho, tanto a UNITA como a FNLA, os dois movimentos que disputaram o poder com o MPLA na fase de transição do regime colonial para a independência, criticaram o papel de Rosa Coutinho o qual, afirmaram, beneficiou de forma clara e parcial o partido de Agostinho Neto, permitindo que o MPLA proclamasse a independência no dia 11 de Novembro de 1975.
O texto, publicado em Junho do ano passado pelo Jornal de Angola, que não era assinado mas que era subscrito pelo dono do país, José Eduardo dos Santos, termina com a frase: “Angola perdeu um bom amigo”.
De facto, se Angola é o MPLA e o MPLA é Angola, perderam um bom amigo. Se Angola são os angolanos, então o país deveria estar em festa porque Rosa Coutinho era um inimigo.
De acordo com outro corajoso militar que ao primeiro tiro se metia debaixo da berliet agarrado à cabeça, o presidente da Associação 25 de Abril, Vasco Lourenço, Rosa Coutinho também foi um herói.
E é assim a história recente de Portugal, onde os cobardes viram heróis, os mentecaptos viram ministros e os competentes são saneados.
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