O dono do PS e do Governo (e que, aliás, se julga também dono de Portugal) afirmou hoje que qualquer crise política "deitaria por terra" o esforço dos portugueses para defender a economia e acusou a direita de querer impor uma "agenda ideológica contra o Estado".
Por terra não deitariam, por que já lá estão, os 700 mil desempregados, os 20 por cento de pobres e os outros 20 por cento que olham para os pratos... vazios.
José Sócrates esquece-se, como acontece às terças, quintas e sábados (às segundas, quartas e sextas... não se lembra), que apesar de passivos e de barriga vazia, o esforço dos portugueses visa apenas enforcar o responsável por este estado de coisas.
Na apresentação da moção de estratégia ao congresso socialista, José Sócrates centrou parte da intervenção na ideia de "estabilidade", uma coisa que já é habitual em todos aqueles que estão, por força do dono do PS e do Governo (e que, aliás, se julga também dono de Portugal), treindos a viver sem comer.
Estão estáveis, sim senhor! A estabilidade chegou aos que vivem na miséria e aos que para lá caminham. É uma santa estabilidade ver os portugueses dessa casta superior que dá pelo nome de PS terem, pelo menos, três refeições por dia.
Sublinhando que Portugal "só terá sucesso se tiver estabilidade política", José Sócrates voltou a deixar críticas à oposição, insistindo na tese de que "qualquer crise política prejudicaria a economia e o país".
O dono do PS e do Governo (e que, aliás, se julga também dono de Portugal) ainda não quis perceber que, afinal, a sua casta não é uma solução para o problema mas, isso sim, um problema para a solução.
Aliás uma crise política só poderia prejudicar algo que se tem. Se Portugal não tem economia, não se vê como é que ela sairia prejudicada.
Ao longo de mais de 45 minutos, o dono do PS e do Governo (e que, aliás, se julga também dono de Portugal) mostrou que não “come” nem quer sair de cima. Se calhar, admito, isso acontece porque ele não gosta de “comer”, mas gosta de fingir que “come”.
Reeditando o que vai dizendo desde que chegou a dono do PS e do Governo, José Sócrates vira o disco e toca o mesmo, tal como qualquer político que julga também ser dono do seu país.
Também como no passado, um dia destes os portugueses vão vê-lo a defender os pecados de que agora acusa a oposição. Hoje diz que o PS estará mobilizado contra a privatização do Estado, desde logo porque a direita apenas tem na cabeça "o enfraquecimento do Estado, o combate ao Estado e a promoção da privatização, a privatização em particular dos serviços públicos essenciais".
É só esperar. Amanhã, vão vê-lo a defender tudo o que hoje critica. Basta para isso ver que essa é a melhor estratágia para continuar a ser o dono do PS e do Governo, mantendo a esperança de vir também a ser dono de Portugal.
José Sócrates lembrou, e bem, algumas das marcas da governação socialista, fazendo alusão à aprovação da despenalização do aborto (que pena não ter efeitos retroactivos), do casamento homossexual ou à nova lei do divórcio.
É claro que se esqueceu de outras importantes marcas da governação socialista: os 700 mil desempregados, os 20 por cento de pobres e os outros 20 por cento que olham para os pratos.... vazios. Também não se poderia lembrar de tudo, ou não fosse dono do PS e do Governo e aspirante a ser dono do país.
"No passado houve algumas governações que ficaram marcadas pelo investimento em estradas ou investimento em betão, esta governação ficará marcada pelo investimento em educação, em ciência, em tecnologia", frisou José Sócrates.
É com certeza por isso que, com a óbvia excepção do PS, Portugal tem cada vez mais analfabetos funcionais (sabem ler e escrever mas não lêem nem escrevem), tem cada vez mais gente com cursos superiores no desemprego, tem cada vez mais licenciados como motoristas de táxi, como “embrulhadores” de compras numa loja de um qualquer centro comercial ou como autómatos nos call-centers.
Conclusão: O ideal em Portugal é ser do PS mas, sobretudo e ainda por enquanto, da ala de José Sócrates. Continua a ser fácil, é barato e pode dar emprego e até um... tacho.
Sem comentários:
Enviar um comentário