Ana Benavente, ex-secretária de Estado socialista, diz que José Sócrates “tornou-se autocrata, distribuindo lugares e privilégios, ultrapassando até o “centralismo democrático” de Lénine que tanto criticámos.”
Ainda bem, para Ana Benavente, que ela não precisa de emprego. É que os que precisam e que tiveram (são cada vez menos os que ainda têm) a ousadia de dizer coisas parecidas estão no desemprego ou, em alternativa, a tentar dobras as esquinas da vida.
Numa entrevista à revista Revista Lusófona de Educação, a ex-deputada socialista, secretária de Estado da Educação de António Guterres (1995-2001), acusa o PS (Partido de Sócrates, ex-Partido Socialista) de aplicar políticas neoliberais e a sua liderança de ser autoritária.
“Fazer do capital financeiro o dono e árbitro do desenvolvimento económico é uma capitulação face ao neo-liberalismo que não é digna de um partido socialista”, acusa Ana Benavente.
Além disso, o que já não é pouco, Ana Benavente acusa o PS de José Sócrates de ter assumido políticas de direita, descurando a justiça social e a sua matriz ideológica, “dirigindo a 'máquina' de modo autoritário e sem diálogo, substituindo de tal modo a direita que esta ficou 'encostada às cordas'”.
A ex-deputada enumera assim os sete pecados capitais da actual liderança do sumo pontífice socialista, José Sócrates:
"Adopção de políticas neo-liberais e, portanto, abandono da matriz ideológica socialista; Autoritarismo interno e ausência de debate, empobrecendo o papel do PS no país; Imposição das medidas governativas como inevitáveis e sem alternativa, o que traduz dependências nacionais e internacionais não assumidas nem clarificadas para o presente e o futuro; Marketing político banal e constante, de par com uma superficialidade nas bandeiras de modernização da sociedade portuguesa; Falta de ética democrática e republicana na vida pública e na governação; Sacrifício de políticas sociais construídas pelo próprio PS em fases anteriores; Falta de credibilidade, quer por incompetência quer por hipocrisia, dando o dito por não dito em demasiadas situações de pesadas consequências".
Não está mal. É um retrato quase perfeito do (im)poluto líder socialista.
Para Ana Benavente, “um partido só pode assegurar um longo período de governação quando também utiliza a sua acção governativa para construir, manter e desenvolver a sua própria hegemonia cultural.” Ora “Sócrates não compreendeu esta simples verdade. Procurou assegurar e legitimar socialmente o seu Governo através da sua adaptação à hegemonia cultural do radicalismo de mercado.”
“O PS abdicou da defesa dos trabalhadores e dos mais desfavorecidos. Considerou que bastava defender questões ditas “fracturantes” como é o caso do casamento entre pessoas do mesmo sexo para manter uma imagem de esquerda. E foi buscar protagonistas de tais causas, independentes do PS, para as defender. Discordo em absoluto”, afirma ainda Ana Benavente.
Reconheça-se, apesar disso, que José Sócrates (certamente com a colaboração institucional de Cavaco Silva) está a fazer tudo para que os 700 mil desempregados, os 20% de pobres e os outros 20% que para lá caminham, aprendam (seja ou não nas Novas Oportunidades) a viver sem comer.
Até agora, sobretudo porque os portugueses são uns desmancha-prazeres, os resultados não são animadores. Todos os que tentaram seguir as teses do sumo pontífice socialista estiveram muito perto de saber viver sem comer. Mas quando do estavam quase lá... morreram.
Numa entrevista à revista Revista Lusófona de Educação, a ex-deputada socialista, secretária de Estado da Educação de António Guterres (1995-2001), acusa o PS (Partido de Sócrates, ex-Partido Socialista) de aplicar políticas neoliberais e a sua liderança de ser autoritária.
“Fazer do capital financeiro o dono e árbitro do desenvolvimento económico é uma capitulação face ao neo-liberalismo que não é digna de um partido socialista”, acusa Ana Benavente.
Além disso, o que já não é pouco, Ana Benavente acusa o PS de José Sócrates de ter assumido políticas de direita, descurando a justiça social e a sua matriz ideológica, “dirigindo a 'máquina' de modo autoritário e sem diálogo, substituindo de tal modo a direita que esta ficou 'encostada às cordas'”.
A ex-deputada enumera assim os sete pecados capitais da actual liderança do sumo pontífice socialista, José Sócrates:
"Adopção de políticas neo-liberais e, portanto, abandono da matriz ideológica socialista; Autoritarismo interno e ausência de debate, empobrecendo o papel do PS no país; Imposição das medidas governativas como inevitáveis e sem alternativa, o que traduz dependências nacionais e internacionais não assumidas nem clarificadas para o presente e o futuro; Marketing político banal e constante, de par com uma superficialidade nas bandeiras de modernização da sociedade portuguesa; Falta de ética democrática e republicana na vida pública e na governação; Sacrifício de políticas sociais construídas pelo próprio PS em fases anteriores; Falta de credibilidade, quer por incompetência quer por hipocrisia, dando o dito por não dito em demasiadas situações de pesadas consequências".
Não está mal. É um retrato quase perfeito do (im)poluto líder socialista.
Para Ana Benavente, “um partido só pode assegurar um longo período de governação quando também utiliza a sua acção governativa para construir, manter e desenvolver a sua própria hegemonia cultural.” Ora “Sócrates não compreendeu esta simples verdade. Procurou assegurar e legitimar socialmente o seu Governo através da sua adaptação à hegemonia cultural do radicalismo de mercado.”
“O PS abdicou da defesa dos trabalhadores e dos mais desfavorecidos. Considerou que bastava defender questões ditas “fracturantes” como é o caso do casamento entre pessoas do mesmo sexo para manter uma imagem de esquerda. E foi buscar protagonistas de tais causas, independentes do PS, para as defender. Discordo em absoluto”, afirma ainda Ana Benavente.
Reconheça-se, apesar disso, que José Sócrates (certamente com a colaboração institucional de Cavaco Silva) está a fazer tudo para que os 700 mil desempregados, os 20% de pobres e os outros 20% que para lá caminham, aprendam (seja ou não nas Novas Oportunidades) a viver sem comer.
Até agora, sobretudo porque os portugueses são uns desmancha-prazeres, os resultados não são animadores. Todos os que tentaram seguir as teses do sumo pontífice socialista estiveram muito perto de saber viver sem comer. Mas quando do estavam quase lá... morreram.
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