Medina Carreira acha, ou achava em Dezembro de 2009, que a juventude portuguesa está cada vez mais rasca. “O que é que se vai fazer com esta cambada, de 14, 16, 20 anos que anda por aí à solta? Nada, nenhum patrão capaz vai querer esta tropa-fandanga”, dizia ele do alto de uma sabedoria parcelar e, por isso, vesga.
Uma visão correcta deveria, digo eu, referir também aqueles patrões, políticos, empresários, gestores, deputados (e não são tão poucos quanto isso) que para contarem até 12 têm de se descalçar.
Ou, ainda, aqueles a quem o Euromilhões do parido bateu à porta e compraram uma rádio para só passar fandango...
Quanto aos jovens, não creio que saiam da escola sem saber ler e escrever. Tenho exemplos perto que me dizem o contrário. Creio, aliás, que se todos soubessem ler e escrever bem, Portugal teria alguma dificuldade em ter deputados, por exemplo.
Os analfabetos funcionais (sabem ler e escrever mas não lêem nem escrevem) não são propriamente a tal cambada de 14, 16 ou 20 anos. São, isso sim, os pais de muitos desses jovens que os educaram num sistema do vale tudo, nem que seja para ter uma coluna vertebral amovível.
São os que hoje pululam na Assembleia da República, nos ministérios, e nas delegações privadas dos partidos do governo, caso das administrações das empresas públicas, dos institutos públicos, das fundações etc.
Mas, dando o benefício da dúvida a Medina Carreira, importa dizer que a muitos dos patrões, como dos políticos, “made in Portugal”, interessa exactamente que os jovens sejam a tal “tropa-fandanga”.
E quando esses jovens não aceitam ser “tropa-fandanga”, lá vão penar (mesmo com um curso superior) como motoristas de táxi, como “embrulhadores” de compras numa loja de um qualquer centro comercial ou como autómatos nos call-centers.
É que, para os donos do poder (económico e ou político), ter como empregado alguém que, ao contrário do patrão, assine documentos sem ter de pôr a impressão digital... é uma chatice.
E como se isso não fosse suficiente, o que muitos desses donos do poder querem não é gente que saiba mais, que faça melhor. Querem autómatos incultos, de coluna vertebral amovível, de formação medíocre que, para além de serem baratos, façam tudo sem questionar seja o que for.
Ou, ainda, aqueles a quem o Euromilhões do parido bateu à porta e compraram uma rádio para só passar fandango...
Quanto aos jovens, não creio que saiam da escola sem saber ler e escrever. Tenho exemplos perto que me dizem o contrário. Creio, aliás, que se todos soubessem ler e escrever bem, Portugal teria alguma dificuldade em ter deputados, por exemplo.
Os analfabetos funcionais (sabem ler e escrever mas não lêem nem escrevem) não são propriamente a tal cambada de 14, 16 ou 20 anos. São, isso sim, os pais de muitos desses jovens que os educaram num sistema do vale tudo, nem que seja para ter uma coluna vertebral amovível.
São os que hoje pululam na Assembleia da República, nos ministérios, e nas delegações privadas dos partidos do governo, caso das administrações das empresas públicas, dos institutos públicos, das fundações etc.
Mas, dando o benefício da dúvida a Medina Carreira, importa dizer que a muitos dos patrões, como dos políticos, “made in Portugal”, interessa exactamente que os jovens sejam a tal “tropa-fandanga”.
E quando esses jovens não aceitam ser “tropa-fandanga”, lá vão penar (mesmo com um curso superior) como motoristas de táxi, como “embrulhadores” de compras numa loja de um qualquer centro comercial ou como autómatos nos call-centers.
É que, para os donos do poder (económico e ou político), ter como empregado alguém que, ao contrário do patrão, assine documentos sem ter de pôr a impressão digital... é uma chatice.
E como se isso não fosse suficiente, o que muitos desses donos do poder querem não é gente que saiba mais, que faça melhor. Querem autómatos incultos, de coluna vertebral amovível, de formação medíocre que, para além de serem baratos, façam tudo sem questionar seja o que for.
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