Isaac dos Anjos, governador da Huíla, não se esqueceu da cartilha ditatorial do regime e, como bem diz o MPLA, sabe que um bom jornalista é o que está calado ou... morto. Vai daí, insurgiu-se contra jornalistas da Rádio Huila a quem chama de “indisciplinados”.
O caso surge porque três jornalistas da emissora provincial (ingénuos e crentes de que Angola era um Estado de Direito), organizaram um debate radiofónico, criticando a gestão administrativa do Lubango.
Ora isso não se faz. Desde quando os jornalistas existem para criticar o que entendem estar mal? E como é que os jornalistas podem criticar um regime, uma gestão, um partido, um governo, um presidente que são simplesmente perfeitos?
Segundo o governante, os profissionais não respeitaram a linha editorial do órgão. “Os três jornalistas foram indisciplinados. A indisciplina nos serviços paga-se, porque as empresas onde trabalham são propriedade de alguém. As rádios têm um código, uma conduta, tem uma norma, tem um editorial”, frisou Isaac dos Anjos.
E frisou muito bem. As rádios, neste caso, existem para dizer que o regime é perfeito e divino e não, claro está, para comparar o governador – entre outros – aos homens, desde logo porque ele é quase um Deus.
“Esse editorial tem de ser respeitado, você não pode usar uma rádio pública para falar mal aberta e estupidamente das instituições públicas”, disse o governador, acrescentando que “por isso há a imprensa privada, e mesmo esta tem que ter responsabilidade”.
Nem mais. É isso aí. Nem Eduardo dos Santos diria melhor do que Isaac dos Anjos. Aliás, é esta clarividência estratégica do regime angolano que faz dele um exemplo de democraticidade, civismo e liberdade, qualidades reconhecidas nos mais livres países do mundo, sejam eles a Guiné-Equatorial ou o Zimbabué.
Os três jornalistas encontram-se suspensos das suas funções pela Direcção da emissora provincial da Huila, do grupo Rádio Nacional de Angola.
Estão suspensos e com muita sorte. Não fosse, até ver, a magnanimidade do regime e já poderiam ter chocado com uma daquelas balas que andam perdidas desde o tempo da guerra civil...
O caso surge porque três jornalistas da emissora provincial (ingénuos e crentes de que Angola era um Estado de Direito), organizaram um debate radiofónico, criticando a gestão administrativa do Lubango.
Ora isso não se faz. Desde quando os jornalistas existem para criticar o que entendem estar mal? E como é que os jornalistas podem criticar um regime, uma gestão, um partido, um governo, um presidente que são simplesmente perfeitos?
Segundo o governante, os profissionais não respeitaram a linha editorial do órgão. “Os três jornalistas foram indisciplinados. A indisciplina nos serviços paga-se, porque as empresas onde trabalham são propriedade de alguém. As rádios têm um código, uma conduta, tem uma norma, tem um editorial”, frisou Isaac dos Anjos.
E frisou muito bem. As rádios, neste caso, existem para dizer que o regime é perfeito e divino e não, claro está, para comparar o governador – entre outros – aos homens, desde logo porque ele é quase um Deus.
“Esse editorial tem de ser respeitado, você não pode usar uma rádio pública para falar mal aberta e estupidamente das instituições públicas”, disse o governador, acrescentando que “por isso há a imprensa privada, e mesmo esta tem que ter responsabilidade”.
Nem mais. É isso aí. Nem Eduardo dos Santos diria melhor do que Isaac dos Anjos. Aliás, é esta clarividência estratégica do regime angolano que faz dele um exemplo de democraticidade, civismo e liberdade, qualidades reconhecidas nos mais livres países do mundo, sejam eles a Guiné-Equatorial ou o Zimbabué.
Os três jornalistas encontram-se suspensos das suas funções pela Direcção da emissora provincial da Huila, do grupo Rádio Nacional de Angola.
Estão suspensos e com muita sorte. Não fosse, até ver, a magnanimidade do regime e já poderiam ter chocado com uma daquelas balas que andam perdidas desde o tempo da guerra civil...
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