Angola está a pôr em prática as teses do ministro socialista português Augusto Santos Silva, no que à Imprensa respeita. Embora em Portugal as coisas não tenham funcionado totalmente como queria o então dono da comunicação social, no reino do MPLA poderão resultar na perfeição.
Isaac dos Anjos, governador da Huíla, não se esqueceu da cartilha ditatorial do regime e, como bem diz o MPLA, sabe que um bom jornalista é o que está calado ou... morto. Vai daí, insurgiu-se contra jornalistas da Rádio Huila a quem chama de “indisciplinados”.
O caso surge porque três jornalistas da emissora provincial (ingénuos e crentes de que Angola era um Estado de Direito), organizaram um debate radiofónico, criticando a gestão administrativa do Lubango.
Ora isso não se faz. Desde quando os jornalistas existem para criticar o que entendem estar mal? E como é que os jornalistas podem criticar um regime, uma gestão, um partido, um governo, um presidente que são simplesmente perfeitos?
Segundo o governante, os profissionais não respeitaram a linha editorial do órgão. “Os três jornalistas foram indisciplinados. A indisciplina nos serviços paga-se, porque as empresas onde trabalham são propriedade de alguém. As rádios têm um código, uma conduta, tem uma norma, tem um editorial”, frisou Isaac dos Anjos.
E frisou muito bem. As rádios, neste caso, existem para dizer que o regime é perfeito e divino e não, claro está, para comparar o governador – entre outros – aos homens, desde logo porque ele é quase um Deus.
“Esse editorial tem de ser respeitado, você não pode usar uma rádio pública para falar mal aberta e estupidamente das instituições públicas”, disse o governador, acrescentando que “por isso há a imprensa privada, e mesmo esta tem que ter responsabilidade”.
Nem mais. É isso aí. Nem Eduardo dos Santos diria melhor do que Isaac dos Anjos. Aliás, é esta clarividência estratégica do regime angolano que faz dele um exemplo de democraticidade, civismo e liberdade, qualidades reconhecidas nos mais livres países do mundo, sejam eles a Guiné-Equatorial ou o Zimbabué.
Os três jornalistas encontram-se suspensos das suas funções pela Direcção da emissora provincial da Huila, do grupo Rádio Nacional de Angola.
Estão suspensos e com muita sorte. Não fosse, até ver, a magnanimidade do regime e já poderiam ter chocado com uma daquelas balas que andam perdidas desde o tempo da guerra civil...
O caso surge porque três jornalistas da emissora provincial (ingénuos e crentes de que Angola era um Estado de Direito), organizaram um debate radiofónico, criticando a gestão administrativa do Lubango.
Ora isso não se faz. Desde quando os jornalistas existem para criticar o que entendem estar mal? E como é que os jornalistas podem criticar um regime, uma gestão, um partido, um governo, um presidente que são simplesmente perfeitos?
Segundo o governante, os profissionais não respeitaram a linha editorial do órgão. “Os três jornalistas foram indisciplinados. A indisciplina nos serviços paga-se, porque as empresas onde trabalham são propriedade de alguém. As rádios têm um código, uma conduta, tem uma norma, tem um editorial”, frisou Isaac dos Anjos.
E frisou muito bem. As rádios, neste caso, existem para dizer que o regime é perfeito e divino e não, claro está, para comparar o governador – entre outros – aos homens, desde logo porque ele é quase um Deus.
“Esse editorial tem de ser respeitado, você não pode usar uma rádio pública para falar mal aberta e estupidamente das instituições públicas”, disse o governador, acrescentando que “por isso há a imprensa privada, e mesmo esta tem que ter responsabilidade”.
Nem mais. É isso aí. Nem Eduardo dos Santos diria melhor do que Isaac dos Anjos. Aliás, é esta clarividência estratégica do regime angolano que faz dele um exemplo de democraticidade, civismo e liberdade, qualidades reconhecidas nos mais livres países do mundo, sejam eles a Guiné-Equatorial ou o Zimbabué.
Os três jornalistas encontram-se suspensos das suas funções pela Direcção da emissora provincial da Huila, do grupo Rádio Nacional de Angola.
Estão suspensos e com muita sorte. Não fosse, até ver, a magnanimidade do regime e já poderiam ter chocado com uma daquelas balas que andam perdidas desde o tempo da guerra civil...
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