A UNITA a diz que há discriminação contra os seus veteranos de guerra. Pois é. Será que estavam à espera que fosse difente? Esqueceram-se que o regime do MPLA sempre considerou os militares das FALA, bem comos os angolanos que não são do MPLA, como cidadãos de segunda?
Quarenta cabeças de gado bovino e igual quantidade de cabritos foram entregues no município do Mungo, a cerca de 150 quilómetros a norte da cidade do Huambo, aos ex-militares da UNITA, numa iniciativa da Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Em declarações à Angop, o então (não sei se ainda é) administrador da OIM no Huambo, Abrantes Sacupalica, revelou que a entrega das cabeças de gado e cabritos aos ex-militares da UNITA inseria-se no Programa Geral de Desenvolvimento e Reintegração do Estado angolano.
O que diria o Mais Velho se assistisse a esta fantochada?
Quando, em Junho de 2009, o presidente da UNITA, Isaías Samakuva, esteve no município da Ganda, a 221 quilómetros da cidade de Benguela, e disse algo que já na altura me pareceu tão importante quanto grave: o povo angolano deve centrar as suas prioridades na consolidação do processo de paz e de reconciliação nacional.
Falando num encontro de militantes do seu partido, as referências explícitas de Isaías Samakuva à paz e à reconciliação deveriam ser ponderadas. Mas não foram. E não foram porque o MPLA reduziu a UNITA à sua mais ínfima expressão.
Quando o líder do principal, embora débil, partido da Oposição entende ainda ser necessário, tantos anos depois do fim da guerra, falar da consolidação do processo de paz é porque, na minha opinião, algo não vai bem no percurso político, social e talvez militar do país.
Como aqui tenho dito, o Governo continua a privilegiar (quase) em exclusivo a reintegração plena de todos os militares que vestiram a farda das FAPLA e, depois, a das Forças Armadas de Angola, esquecendo que alguns milhares, muitos milhares, usaram uma farda diferente, a das FALA.
Será por isso que Samakuva continua preocupado com a consolidação da paz? Ou, pelo contrário, refere-se à paz social?
Samakuva disse também que a UNITA continuará a trabalhar para consolidar o papel do Estado e denunciar os que pretendem retardar o desenvolvimento e progresso do país.
É esse o papel da Oposição. Dar voz a quem a não tem. E em Angola são muitos, mesmo muitos, os que não têm voz, sobretudo os que vivem no país real e profundo, sobretudo os que não exibem o cartão de membro do MPLA.
Quarenta cabeças de gado bovino e igual quantidade de cabritos foram entregues no município do Mungo, a cerca de 150 quilómetros a norte da cidade do Huambo, aos ex-militares da UNITA, numa iniciativa da Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Em declarações à Angop, o então (não sei se ainda é) administrador da OIM no Huambo, Abrantes Sacupalica, revelou que a entrega das cabeças de gado e cabritos aos ex-militares da UNITA inseria-se no Programa Geral de Desenvolvimento e Reintegração do Estado angolano.
O que diria o Mais Velho se assistisse a esta fantochada?
Quando, em Junho de 2009, o presidente da UNITA, Isaías Samakuva, esteve no município da Ganda, a 221 quilómetros da cidade de Benguela, e disse algo que já na altura me pareceu tão importante quanto grave: o povo angolano deve centrar as suas prioridades na consolidação do processo de paz e de reconciliação nacional.
Falando num encontro de militantes do seu partido, as referências explícitas de Isaías Samakuva à paz e à reconciliação deveriam ser ponderadas. Mas não foram. E não foram porque o MPLA reduziu a UNITA à sua mais ínfima expressão.
Quando o líder do principal, embora débil, partido da Oposição entende ainda ser necessário, tantos anos depois do fim da guerra, falar da consolidação do processo de paz é porque, na minha opinião, algo não vai bem no percurso político, social e talvez militar do país.
Como aqui tenho dito, o Governo continua a privilegiar (quase) em exclusivo a reintegração plena de todos os militares que vestiram a farda das FAPLA e, depois, a das Forças Armadas de Angola, esquecendo que alguns milhares, muitos milhares, usaram uma farda diferente, a das FALA.
Será por isso que Samakuva continua preocupado com a consolidação da paz? Ou, pelo contrário, refere-se à paz social?
Samakuva disse também que a UNITA continuará a trabalhar para consolidar o papel do Estado e denunciar os que pretendem retardar o desenvolvimento e progresso do país.
É esse o papel da Oposição. Dar voz a quem a não tem. E em Angola são muitos, mesmo muitos, os que não têm voz, sobretudo os que vivem no país real e profundo, sobretudo os que não exibem o cartão de membro do MPLA.
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