O quase ex-guia supra-supremo da Líbia e, já agora, amigo pessoal do primeiro-ministro português, José Sócrates, Muammar Kadafi, não está nem nunca esteve com meias medidas, o que aliás é uma das suas mais peculiares características.
Para ele o extremismo religioso serve de fundamento moral ao terrorismo. Creio que tem razão. E então quem é o principal culpado? Nada mais nada menos, isto pelo menos em 2009, do que a Suíça porque, diz Muammar Kadafi, representa a fonte de financiamento do fenómeno, cujos actores possuem contas secretas na República helvética.
"A Suíça é uma máfia internacional e não um país. Ela é composta por uma comunidade italiana que deveria estar ligada à Itália, duma comunidade alemã que deve ser restituída à Alemanha e duma terceira constituída por franceses, que deveria pertencer a França", sublinhou Kadafi durante o seu discurso na Cimeira do G-8.
De uma coisa Muammar Kadafi não pode ser culpado. De falta de coragem. No sítio certo, perante alguns dos donos do mundo, disse o que pensava, embora não pensando no que dizia. Nem outra coisa seria de esperar.
Logo a seguir, Muammar Kadafi pensou no que ia dizer e esclareceu que Itália, Alemanha e França são países responsáveis, que respeitam o direito internacional e não albergam contas bancárias secretas nem máfias. Pois!
Kadafi defendeu que a luta contra o terrorismo exige o congelamento destas fontes materiais "com o desmantelamento da entidade suíça", bem como das fontes morais "encarnadas pelas confissões religiosas extremistas".
Muammar Kadafi renovou o seu apelo para a erradicação da política de ingerência que está na origem do terrorismo que, segundo ele e muita mais boa gente, constitui uma reacção à humilhação e à hegemonia internacional.
Falando do levantamento das sanções então tomadas contra o Irão pelo seu urânio enriquecido, o líder líbio renovou o direito de todos os países possuírem energia nuclear e urânio enriquecido para fins pacíficos e apelou à Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) para vigiar todos os países, sobretudo os que possuem armas nucleares.
O então também presidente da União Africana evocou os actos de pirataria no Corno de África, explicando-os por "uma reacção às pilhagens dos recursos marítimos nas águas das Zonas Económicas Exclusivas (ZEE)".
Muammar Kadafi recordou a decisão tomada pela Cimeira da UA em Julho de 2009, em Sirtes, na Líbia, de criar "um Frontex africano" para proteger as fronteiras externas africanas.
O líder líbio anunciou então que está a trabalhar na redacção dum acordo entre os somalis e o resto do mundo sobre o respeito da ZEE da Somália em troca da suspensão da pirataria pelos somalis para pôr termo a este fenómeno e dos perigos da sua propagação no Mediterrâneo e em outras regiões do mundo.
E enquanto não consegue instituir os Estados Unidos de África (e se não conseguiu até agora, é pouco provável que o consiga), Muammar Kadafi lá vai, no meio de muitas baboseiras, dizendo umas tantas verdades que incomodam todos aqueles que se julgam (e em alguns casos são) donos do mundo.
Para ele o extremismo religioso serve de fundamento moral ao terrorismo. Creio que tem razão. E então quem é o principal culpado? Nada mais nada menos, isto pelo menos em 2009, do que a Suíça porque, diz Muammar Kadafi, representa a fonte de financiamento do fenómeno, cujos actores possuem contas secretas na República helvética.
"A Suíça é uma máfia internacional e não um país. Ela é composta por uma comunidade italiana que deveria estar ligada à Itália, duma comunidade alemã que deve ser restituída à Alemanha e duma terceira constituída por franceses, que deveria pertencer a França", sublinhou Kadafi durante o seu discurso na Cimeira do G-8.
De uma coisa Muammar Kadafi não pode ser culpado. De falta de coragem. No sítio certo, perante alguns dos donos do mundo, disse o que pensava, embora não pensando no que dizia. Nem outra coisa seria de esperar.
Logo a seguir, Muammar Kadafi pensou no que ia dizer e esclareceu que Itália, Alemanha e França são países responsáveis, que respeitam o direito internacional e não albergam contas bancárias secretas nem máfias. Pois!
Kadafi defendeu que a luta contra o terrorismo exige o congelamento destas fontes materiais "com o desmantelamento da entidade suíça", bem como das fontes morais "encarnadas pelas confissões religiosas extremistas".
Muammar Kadafi renovou o seu apelo para a erradicação da política de ingerência que está na origem do terrorismo que, segundo ele e muita mais boa gente, constitui uma reacção à humilhação e à hegemonia internacional.
Falando do levantamento das sanções então tomadas contra o Irão pelo seu urânio enriquecido, o líder líbio renovou o direito de todos os países possuírem energia nuclear e urânio enriquecido para fins pacíficos e apelou à Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) para vigiar todos os países, sobretudo os que possuem armas nucleares.
O então também presidente da União Africana evocou os actos de pirataria no Corno de África, explicando-os por "uma reacção às pilhagens dos recursos marítimos nas águas das Zonas Económicas Exclusivas (ZEE)".
Muammar Kadafi recordou a decisão tomada pela Cimeira da UA em Julho de 2009, em Sirtes, na Líbia, de criar "um Frontex africano" para proteger as fronteiras externas africanas.
O líder líbio anunciou então que está a trabalhar na redacção dum acordo entre os somalis e o resto do mundo sobre o respeito da ZEE da Somália em troca da suspensão da pirataria pelos somalis para pôr termo a este fenómeno e dos perigos da sua propagação no Mediterrâneo e em outras regiões do mundo.
E enquanto não consegue instituir os Estados Unidos de África (e se não conseguiu até agora, é pouco provável que o consiga), Muammar Kadafi lá vai, no meio de muitas baboseiras, dizendo umas tantas verdades que incomodam todos aqueles que se julgam (e em alguns casos são) donos do mundo.
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