Um homem somali foi condenado hoje a entregar, como indemnização, cem camelos-fêmea aos familiares de um colaborador do Programa Alimentar Mundial que assassinou.
O condenado e mais dois outros suspeitos da morte do colaborador foram levados perante a Corte Islâmica do Sul da Somália, formada por um colectivo de três juízes das milícias integristas islâmicas Al-Shabab e Hezb al-Islam e do conselho local de anciãos.
Um dos três acusados, um combatente de Hezb al-Islam, admitiu ter morto o trabalhador do Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas, Ibrahim Hussein Duale.
Os juízes deram aos familiares de Duale a opção de o assassino ser condenado à morte ou pagar uma compensação material.
Os líderes de Hezb al-Islam, em Mogadíscio, aprovaram a decisão da Corte Islâmica.
De acordo com as leis islâmicas, a compensação da vida de um homem é cem camelos e a de uma mulher 50.
É a primeira vez que o assassino de um colaborador da ONU foi julgado e condenado, já que mais de 36 trabalhadores humanitários foram mortos nos últimos dois anos na Somália, considerado o país mais perigoso para membros de agências de ajuda humanitária e jornalistas.
Mais de 15 colaboradores, incluindo um britânico e um queniano, e dois jornalistas da Austrália e Canadá encontram-se em paradeiro desconhecido desde que foram raptados por grupos armados no ano passado.
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