O semanário Jornal do Centro, publicado em Viseu (Portugal), comemora domingo o sétimo aniversário, numa altura em que prepara a fusão da sua redacção com a da Rádio NoAr, numa lógica de "aproveitamento de sinergias".
Hoje em Portugal as sinergias afiguram-se como um milagroso remédio que tudo cura, nem que isso signifique em alguns, talvez muitos, casos engordar a conta bancária dos poucos que têm milhões em detrimento dos muitos milhões que têm cada vez menos.
"É uma fusão para concretizar na totalidade, com mudança de instalações para um espaço comum, onde ficará a rádio e o jornal", afirmou à Agência Lusa a directora do Jornal do Centro, Emília Amaral, acrescentando que tal deve acontecer antes do Verão.
Segundo Emília Amaral, a fusão com a Rádio NoAR - que difunde há 20 anos e se assume como "a principal marca informativa radiofónica na região" - tem como objectivo "o aproveitamento de sinergias, sobretudo profissionais das duas redacções".
Emília Amaral lembrou que os dois órgãos de comunicação social tinham já um único director comercial do Grupo Sojormédia e que se impunha a fusão das duas redacções para "se conseguir uma nova dinâmica".
Na perspectiva de uma nova dinâmica, penso que a estratégia deveria ser também adoptada na Assembleia da República, de modo a que os deputados portugueses convirjam todos no sentido de dotar o país com melhores leis.
Assim, usando a sinergia parlamentar, creio que o país (refiro-me a Portugal) poderia ter menos deputados, sem que isso signifique perda de trabalho. Antes pelo contrário. É tudo uma questão se sinergia de grupo.
Ou seja, quando o PSD tivesse alguma dificuldade na análise económica contaria com o apoio de um deputado do BE. Nada mais do que racionalizar as sinergias do grupo, neste caso dos deputados.
No caso do CDS ter falta de gente para analisar a compra de submarinos sempre podia, apelando à sinergia do grupo de deputados, contar com uma ajudinha do PC.
Nesta altura o único que não tem problemas, e que até poderia governar o país em regime de partido único, é o PS, mas creio que mesmo assim não enjeitaria uma mãozinha dos Verdes.
Sou, portanto, a favor das sinergias de grupo, desde que o exemplo parta de cima, ou seja da Presidência da República, do Parlamento, do Governo e por aí fora.
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