Mesu Ma Jikuka pergunta-me, a propósito do artigo anterior, se eu diria sobre o Alasca, o arquipélago dos Bijagós, a Madeira ou os Açores, o que disse sobre Cabinda.
Recordo a este como a todos os amigos do Alto Hama o último paragráfo de um texto aqui publicado em 17 de Fevereiro de 2008 (Aspirina aliviou a dor do Kosovo mas a infecção, essa continua lá):
No entanto, aproveitando o facto de os arquitectos geográfico-fronteiriços das grandes potências estarem com o lápis na mão, não seria aconselhável aproveitar a embalagem e começar já a redesenhar outras regiões como o País Basco, Córsega, Escócia, Irlanda do Norte, Lombardia, Madeira, Açores, Porto Rico, Ilhas Faroe, Cabinda etc.etc.?
No caso dos Açores (para falar de trabalhos antigos), cito igualmente o que escrevi no livro “Açores – Realidades Vulcânicas”, publicado em 1995, página 61:
“Abordar a questão da independência dos Açores tem sido quase um tabu, sendo mais visíveis as teses contrárias que se baseiam na inexequibilidade, sobretudo económica, de territórios insulares se tornarem independentes.
“Seja como for, não será com certeza por esconder o problema que ele vai desaparecer. Daí que, ao mais alto nível, seja importante analisar a questão, desde logo porque ela existe, mesmo que não seja de forma clara e pública.
“Ser independente é um legítimo direito que pode, ou não, ser utilizados pelos açorianos. Em democracia, diz-se, o povo é soberano. Por isso, sem dogmas, a questão deve ser aquilata e a opção final dos interessados deve ser respeitada”.
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