O Papa Bento XVI considerou hoje em Luanda essencial para uma “democracia civil moderna” o “respeito e promoção dos Direitos Humanos”, um “Governo transparente”, uma “magistratura independente”, uma comunicação social “livre” e “acabar de uma vez por todas com a corrupção”.
Ou seja, não disse o Papa mas digo eu, é essencial tudo aquilo que Angola não tem.
Num encontro com as autoridades políticas e civis angolanas e com o corpo diplomático no Palácio Presidencial da capital do país, o Papa afirmou que “Angola sabe que chegou para África o tempo da esperança”.
Bento XVI disse aos governantes angolanos, na presença do corpo diplomático, que estes são “testemunhas duma Angola que se levanta” depois de 27 anos de guerra civil que “devastou o país”.
“A paz começou a lançar raízes. Trazendo consigo os frutos da estabilidade e da liberdade”, disse Bento XVI, considerando “palpáveis” os esforços do Governo para “estabelecer as infra-estruturas" e recriar instituições “fundamentais ao progresso e bem-estar da sociedade” que fizeram “voltar a esperança” entre os angolanos.
“Angola sabe que chegou para África o tempo da esperança. Cada comportamento humano recto é esperança em acção”, disse o Papa no Palácio Presidencial.
“As nossas acções nunca são indiferentes aos olhos de Deus e também não o são para o progresso da história”, declarou.
Bento XVI juntou aos citados requisitos para construir uma “democracia civil moderna” uma “administração pública honesta, uma rede de escolas e de hospitais que funcionem de modo adequado e a firme determinação, radicada na conversão dos corações, de acabar de uma vez por todas com a corrupção”.
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