O primeiro-ministro de Portugal (de que outro país poderia ser?) acusou hoje o líder do CDS-PP de promover um “discurso de inveja social” sobre a questão dos vencimentos dos administradores dos bancos, frisando que já criticou antes o “exagero da banca” no pagamento a gestores.
O que Sócrates quer dizer é que tudo faz para que os portugueses de segunda (todos aqueles que não são do PS) passem a ser de primeira...
No debate quinzenal com o primeiro-ministro, Paulo Portas questionou José Sócrates se entende que o Governo “deve ter uma palavra moralizadora e moderadora do ponto de vista das práticas salariais” numa situação de crise económica e em casos de bancos que tenham beneficiado do aval do Estado.
Paulo Portas deu como exemplo o caso do BCP, em que “cada administrador ganha 460 mil euros por ano”. Veja-se texto anterior. Use vara longa não vá o amigo de José Sócrates queixar-se também de campanha negra...
Na resposta, o primeiro-ministro acusou Paulo Portas de “oportunismo” e de promover um discurso “da mais pura inveja social”.
"Os bancos que beneficiaram do sistema garantia foram todos. Não foi só o BCP. Acha que o dever do Estado era intervir na fixação dos vencimentos das administrações. Eu já critiquei o exagero da banca e de outros sectores no pagamento a gestores [...] mas não alinho no discurso da inveja social", disse.
Claro. Vamos lá fazer tudo para que os portugueses de segunda (todos aqueles que não são do PS) passem a ser de primeira...
“Até já os chamei de pura ganância”, acrescentou Sócrates, observando que o Estado só pode intervir em casos em que a banca não cumpra o pagamento das dívidas para com o Estado. Quanto aos socialistas escolhidos a dedo, à medida e por medida para esses cargos...
“Se algum desses bancos não pagar, aí sim nós interviremos nos critérios da definição dos critérios dos vencimentos dos bancos”, disse. Faltou-lhe acrescentar que os critérios dos vencimentos só se aplicam aos portugueses de segunda.
Sem comentários:
Enviar um comentário