Os jornalistas(?) da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) vão reunir-se em Maio, em Angola, para criar formalmente a Federação dos Jornalistas dos “oito”.
Esta é uma das conclusões que saiu da reunião realizada na Cidade da Praia, em que estiveram presentes participantes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
No encontro, os jornalistas tomaram a decisão de avançar para uma Federação na Comunidade de Língua Portuguesa, conforme garantiu a presidente da Associação dos Jornalistas de Cabo Verde (AJOC), Hulda Moreira.
"Já decidimos a criação da Federação. Discutimos e aprovamos a primeira versão dos estatutos, que serão agora submetidos a todos os jornalistas de cada país pelas respectivas organizações sindicais e associações para se conseguir avançar”, asseverou.
Nesse sentido, sublinhou Hulda Moreira, estão a ser já feitos os contactos para que todos os países estejam presentes neste encontro.
Para já, quer-se que a Federação dos Jornalistas da CPLP seja um fórum de diálogo, intercâmbio, cooperação e interacção entre os jornalistas da comunidade.
O encontro de Cabo Verde serviu também para analisar o panorama da comunicação social em cada um dos países presentes, tendo a presidente das AJOC destacado a situação de São Tomé e Príncipe, onde ainda não há estatuto dos jornalistas e onde os profissionais se deparam com inúmeras dificuldades no exercício da profissão.
Na reunião da Praia não participaram jornalistas de Portugal (por razões de agenda), Timor-Leste (financeiros) e Guiné-Bissau (devido aos acontecimentos que resultaram no assassínio do Presidente da República e do Chefe Estado-Maior das Forças Armadas).
Cá para mim não vale a pena. Passo a explicar.
A exemplo do que se passa em Portugal, os órgãos de comunicação social tendem a ser feitos por trabalhadores indiferenciados, o que pressupõe o fim dos jornalistas. Além disso, integrar a ideia numa coisa que não existe (a CPLP) é mais ou menos como juntar o vazio ao oco.
Dir-me-ão, contudo, que não custa tentar. É verdade. Mas ganhava-se tempo se se criasse, isso sim, a Federação dos Fazedores de In(de)formação Lusófona.
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