A situação do VIH/SIDA em Portugal é "alarmante", dado que o país é o penúltimo da Europa em termos de capacidade de resposta a esta epidemia, afirmou hoje o professor Joaquim Machado Caetano.
Mas, afinal, o que é que isso importa? O que importa que Portugal tenha 20% por cento de pobres e 700 mil desempregados?
Relevante é a questão sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, aprovada há duas semanas pelo Governo.
"A prevalência da SIDA em Portugal continua a ter os mais altos níveis da Europa e o único país com pior estatística do que o nosso é a Estónia, no Leste europeu, o que significa que não conseguimos pôr em marcha nestes anos todos um projecto nacional seguro e eficaz para reduzir a prevalência dos casos de VIH/SIDA", disse à agência Lusa o presidente das I Jornadas Nacionais Ético-Jurídicas sobre Infecção VIH/SIDA.
Já não é mau estar acima da Estónia nesta matéria. No entanto, se calhar Portugal vai estar bem situado no que é essencial: o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
No final de uma audiência com o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, em Belém, o professor alertou que Portugal regista, "anualmente, um crescimento muito grande da epidemia, particularmente em jovens e em mulheres, para além do grupo de risco agora muito atingido: o grupo de homossexuais masculinos".
Ora aí está. Se calhar o casamento entre pessoas do mesmo sexo ajudará a que o grupo de homossexuais masculinos tenha mais cuidado.
Considerando que "Portugal não tem, de facto, nos últimos anos, um projecto bem edificado com campanhas adequadas dirigidas aos grupos de risco, com um projecto nacional de educação de jovens que dê resultados sólidos", Joaquim Machado Caetano justificou a importância deste primeiro encontro, que terá lugar a 25 de Fevereiro, em Coimbra.
Que Portugal não tem um projecto bem edificado, seja no que for, não é novidade. Se o próprio país é só uma espécie de projecto, ainda por cima mal edificado, não há razões para esperar que saiba projectar alguma coisa válida.
1 comentário:
O verdadeiro retrato do País e do seu povo...
Eu digo-lhe uma coisa, Orlando, País de mesquinhices!
Raios partam se isto não é de bradar aos céus!
Bravo Orlando! Isso são as VERDADES!
Enviar um comentário