O Parlamento Europeu (PE) acolhe, a 2 de Fevereiro, a conferência “Pagar o preço pelo jornalismo e a democracia”, organizada pela Federação Europeia de Jornalistas (FEJ) e que visa discutir o futuro do jornalismo e das políticas de média na União Europeia.
Acho que faz sentido esta discussão em alguns países dos quais, na minha opinião, não deve constar Portugal que nesta matéria, como em muitas outras, está cada vez mais perto do Burkina Faso. Desde logo porque o jornalismo português é uma miragem e a democracia para lá caminha.
No que ao jornalismo lusitano respeita, basta ver que um qualquer badameco a quem sai o euromilhões, ou a quem a banca o dá, pode ser dono de um ou mais meios de comunicação social, mesmo que a sua experiência e formação empresarial tenha sido feita em prostíbulos.
Basta ver que para “ser” jornalista é suficiente abrir as pernas ao patrão ou ao director ou, também, ter estagiado em algum dos prostíbulos mais ou menos conhecidos.
Entre as questões a abordar nesta conferência contam-se: Onde é que a crise dos média e do jornalismo figura na agenda da UE?; Além das comunicações simples e relações públicas, que visão tem a UE para uma indústria da informação em crise?; O que é necessário para proteger e melhorar o pluralismo informativo na Europa à medida que os média e os cidadãos vêem o seu acesso a fontes fiáveis reduzido? E, tão importante quanto isso, quem pagará por tal?
Não creio, tal como acontece em Portugal, que a União Europeia esteja muito preocupada com estas questões. Cada vez mais o jornalismo é apenas uma forma de comércio pelo que, penso, essas peregrinas ideias de “dar voz a quem a não tem”, de “entender que a verdade é a melhor qualidade dos jornalistas” já foi chão que, há muito, muito tempo, deu uvas.
Esta iniciativa, moderada pelo secretário-geral da FEJ, Aidan White, surge na esteira da criação do Intergrupo parlamentar para os Média, no qual eurodeputados de todas as bancadas debatem sobre as tendências e os desafios do sector.
Tendências e desafios? Simples. Tendência para a extinção do jornalismo que está a dar lugar à produção em série de conteúdos comerciais de linha branca. Desafios que se põem aos idealistas que não deixam de lutar, nem que seja para que o Jornalismo passe a ser uma profissão artesanal.
Entre os oradores estão o jornalista belga Jean-Paul Marthoz (Enjeux Internationaux), os britânicos Jeremy Dear (secretário-geral do NUJ) e Chris Elliot (editor-executivo do Guardian News & Media), a alemã Verena Wiedemann (secretária-geral da ARD), o romeno Cristian Unteanu (Realitate TV), e ainda Adam Watson-Brown, da Media Task Force da Comissão Europeia.
Pelo que sei nenhum dos craques portugueses lá estará para dissertar sobre o êxito da aplicação à comunicação social dos métodos de gestão e de produção que tanto sucesso tiveram, e continuam a ter, nos prostíbulos das ocidentais praias lusitanas...
2 comentários:
"a Democracia para lá caminha"?!
Qual democracia?
Lá por votarmos não quer dizer que sejamos uma democracia.
Então e o Master?! O Balsemão, o nosso Bilderberg efectivo e no activo? O dono dos donos dos Media europeus?
Sua "excelência" the President of a European Publisher Council? Fica de fora?
Então faz do nosso país o campo de cobaias e foi agora transmitir aos outros que funciona? o Index?, a censura?! E se funciona!!
Pelo menos podia dar a cara... mas os Bilderberg são da família dos rastejantes venenosos.
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