sexta-feira, março 05, 2010

Autoridades colonialista de Angola nem o silêncio perdoam ao povo mártir de Cabinda

Segundo a insuspeita correia de transmissão do MPLA e do regime angolano (são uma e a mesma coisa) que dá pelo nome de Jornal de Angola, “a província de Cabinda não tem registado quaisquer casos de raiva que sejam do conhecimento das autoridades sanitárias locais”.

Não há que duvidar das autoridades coloniais angolanas que, sobretudo pela aprendizagem que lhe foi dada também pelos portugueses, consideram Cabinda como província. Ou seja, o mesmo que o regime de Salazar chamava a Angola.

Curiosamente, as autoridades sanitárias coloniais estão a esquecer-se de vacinar uma das espécies que mais raiva revela quando se trata de atacar os cabindas: os políticos militares e os militares políticos que Angola tem ao seu serviço em Cabinda.

Aliás, de Cabinda chegam notícias de que o medo está em todas as esquinas, em todas as sombras, em todos os olhares, em todas as palavras, mesmo nas que se não dizem.

O regime colonial instalou em Cabinda uma tal enxurrada de raiva que, perante a indiferença endémica da comunidade internacional, não há vacinas que cheguem nem que sejam eficazes.

Mais de que uma espécie de hidrofobia, as autoridades coloniais angolanas revelam um atávico ódio a todos os cabindas, vendo até naqueles cuja única política é a luta pela sobrevivência viscerais inimigos que, à falta de melhor antídoto, devem ser pura e simplesmente abatidos.

Diversos governos europeus continuam a ser alertados para a situação de constante violação dos direitos humanos naquele colónia angolana mas, tanto quanto é público, limitam-se a acreditar piamente na versão oficial do regime colonialista angolano.

2 comentários:

Anónimo disse...

Revelações obtidas pelo FOLHA 8 em Luanda dão conta de que a Sistec, uma empresa angolana essencialmente ligada aos ramos da informática e das telecomunicações, estará envolvida naquilo que poderá ser uma das maiores fraudes financeiras de fórum empresarial conhecidas em Angola nos últimos 22 anos.

Os factos a isso subjacentes, revelados por uma fonte identificada que pediu o anonimato, apontam para uma sistemática fuga ao fisco, obtenção fraudulenta de contratos de fornecimentos e sobrefacturação. A confirmarem-se tais factos, também, podem ser vistos como uma conspiração contra o povo angolano, se se tiver em conta que a tributação fiscal é o meio mais eficaz de solidariedade social, instituído pelo regime deste País, onde 61 por cento da população vive em estado de virtual indigência. A fonte do FOLHA 8 afirma que as fraudes são a real fonte de receitas da SISTEC que, por exemplo, sobrefactura frequentemente, na ordem dos 100 por cento, os fornecimentos de material e equipamentos às Forças Armadas Angolanas, FAA.

Em 1994, quando a SISTEC facturou três milhões de dólares em negócios com as FAA, um fornecimento de rádios PRC comprados à TransWorld Communications (TWC), pelo valor de dois milhões de dólares, foi cobrado pelo dobro do seu valor, indicou a fonte. Disse que é esta variante da negociata que permite “o aparecimento de grandes ricos dentro da empresa” e que é por este meio que indivíduos ligados a instituições do Estado tornam-se accionistas da empresa. Atribuindo contratos fraudulentos à SISTEC e permitindo que os valores dos fornecimentos sejam sobrefacturados, indivíduos ligados ao Estado passam a ter participação nos lucros da empresa. Estes, os lucros, são chorudos, segundo a fonte que revelou que no fim de 1994 um grupo de seis titulares de sete acções obteve rendimentos individuais der 500 mil dólares americanos.

O informador do FOLHA 8 afirma que, em 1993, quando a empresa atravessava uma crise financeira e não tinha dinheiro para pagar os direitos alfandegários, Rui Santos reduziu pela metade o valor de algumas facturas de importação. Dessa forma declararia às Alfândegas um valor inferior ao que deveria pagar em taxas e impostos.

A fonte aponta exactamente um fornecimento proveniente da Técnica (Far Esat) Ltd, uma firma de Hong-Kong que é propriedade de um português conhecido por Fazenda.

O fornecedor enviou dois tipos de facturas, sendo uma “invoice” (in) com o verdadeiro preço do fornecimento, e outra “Customes” (C.U.) com um preço 40 por cento inferior e alegadamente fictício.

Ao declarar à Alfandega, a Sistec apresenta a factura (C.U.), da qual supostamente deduz ainda 50 por cento, e, ao fixar o preço fá-lo com base no valor da factura “in” multiplicado por 1,7, que é o valor dos impostos, taxas e do frete.

Dessa maneira, estimou a fonte, são ludibriadas as Alfandegas, Seguradora, Transportadoras e os Consumidores.
In FOLHA 8, 26 de Setembro de 1997

Ana e Carlos Afonso disse...
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