O presidente do Sindicato dos Jornalistas portugueses, Alfredo Maia, reiterou hoje no Parlamento que a decisão da administração da TVI de extinguir o "Jornal Nacional" de Sexta foi "ilegítima e ilegal".
Mas, afinal, o "Jornal Nacional" de Sexta acabou mesmo? Não será apenas boato ou mais uma variante de uma qualquer campanha negra? Não será uma estratégia de marketing? Ou, talvez, uma forma de mostrar ao mundo como é a ética de alguns dos deputados que integram a Comisssão de... Ética?
Se o actual director de informação da TVI, Júlio Magalhães, diz: “Era indiscutível que era um jornal bem feito, com boas reportagens, bem investigado, com bons convidados”, acho que tudo isto não passa de uma brincadeira.
"Não é legítimo de maneira nenhuma. A administração não pode em circunstância alguma interferir nessa matéria", disse hoje Alfredo Maia aos deputados da Comissão Parlamentar de Ética, Sociedade e Cultura quando questionado sobre a extinção do jornal coordenado e apresentado pela jornalista Manuela Moura Guedes.
"As justificações dadas na altura pela administração da TVI foram as mais desastrosas. Primeiro alegaram razões económicas e depois a uniformização dos telejornais da estação. A uniformização é da exclusiva competência do director. E se a administração não gosta do director, então demita-o", afirmou Alfredo Maia.
Durante a audição, Alfredo Maia disse aos deputados estar "muito expectante" com o resultado dos trabalhos da comissão parlamentar onde está a ser ouvido e recordou que o SJ sempre defendeu que "uma comissão de inquérito seria o instrumento adequado no sentido de apurar os factos e responsabilidades [quanto a um alegado plano do Governo para controlar os media]".
Alfredo Maia continua (pelo menos no que lhe interessa) a ser ingénuo. Nem esta comissão folclórica nem uma que seja de inquérito vai apurar seja o que for. Os interesses instalados e repartidos às segundas, quartas e sextas pelo PS; às terça, quintas e sábados pelo PSD e ao domingo, quando não é só descanso, pelo CDS, não vão deixar que se saiba o que eles entendam que se não deve saber.
Concluirão, eventualmente, que o pilha-galinhas deve apanhar uns anitos de cadeia, mantendo o dono do aviário todos os privilégios inerentes à razão da força comprada nos mais reles prostíbulos do reino.
Não deixa, contudo, de ser agradável ver a vocação histriónica de muitos deputados e de muitos dos depoentes. O circo (sem ofensa para este) é mesmo assim: todos a monte numa orgia colectiva. A bem, é claro, da nação...
1 comentário:
Isto parece o Coliseu em Roma no tempo do declinio do Império romano. Os imperadores e seus consortes, enfiavam o povinho no Coliseu, espetavam-lhes com o espectáculo mais degradante possível, para que "vibrassem" enquanto nos bastidores, roubavam o povo o mais que podiam e cometiam as maiores atrocidades.
Entretanto, apreciavam-se as lutas de gladiadores e leões a comer cristão na arena. É este o espectáculo do nosso País, de hoje em dia... degradante.
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