terça-feira, março 16, 2010

Mais 200 médicos cubanos para Angola

Mais 200 médicos cubanos deverão chegar a Angola nos próximos meses para reforçar a assistência à população, revelou hoje, em Luanda, o embaixador cubano, Pedro Ross Leal.

Em Angola 1 300 profissionais da saúde, entre médicos, enfermeiros, farmacêuticos, entre outros, espalhados por 70 municípios são cubanos.

Quanto a professores, Pedro Ross Leal informou que leccionam no país cerca de 600 docentes cubanos, nas Universidades Agostinho Neto e privadas.

Também é verdade que foram abertas escolas de medicina com o apoio de profissionais cubanos nas províncias de Benguela, Cabinda, Huíla, Huambo e Malanje.

Além disso, 100 estudantes angolanos preparam-se para efectuar o curso de medicina em Cuba, onde já se encontram, desde o ano passado, 108.

A situação é compreensível. Não existem, por essa diáspora fora, profissionais angolanos, luso-angolanos, angolano-portugueses capazes de exercera medicina ou de dar aulas no ensino médio, superior e tecnológico. E como não existem, têm de ser os cubanos a resolver a questão.


Eu sei que custa ouvir coisas destas. Mas se todos nós que amamos Angola e que estamos (in)voluntariamente no exterior, somos analfabetos, é lógico que o MPLA procure – nomeadamente a nível do ensino - alternativas em Cuba, se calhar até na China ou mesmo na Coreia do Norte.

Convenhamos que ter capacidade técnico-académica para dar aulas em universidades portuguesas não significa, só por si, que isso chegue para dar aulas em Angola, onde as exigências são muito maiores.

Ser médico nos melhores hospitais portugueses não é condição sine qua non para exercer em Angola.

Ser jornalista nos maiores jornais portugueses também não é, pois claro, razão para exercer a profissão em Angola.

E, seja a nível do ensino, da saúde, da comunicação social etc. todos sabemos que os mestres dos mestres são os cubanos. E se assim é, força camaradas!

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