
Em declarações à agência Lusa no final de uma visita oficial ao reino da Suazilândia, Luís Amado reagia a um comentário feito pelo seu homólogo suazi, segundo o qual o reino de "Portugal é um gigante na diplomacia africana".
Aliás, se Luís Amado visitasse alguns grupos étnicos pigmeus do Ruanda, Uganda, República Democrática do Congo, República Centro-Africana, Camarões, Guiné Equatorial, Gabão, Congo, Angola, Botsuana, Namíbia e Zâmbia seria ele próprio um gigante.
"Em todas as partes do mundo em que ando existe um grandes respeito pela importância histórica de Portugal e pelo que a nossa História representa, quer em África quer na Ásia, por que há consciência do que foi o papel extraordinário da diáspora portuguesa de séculos em todas as regiões do mundo", referiu o membro do governo.
Pois é. Quando dá jeito falar da “importância histórica de Portugal”... fala-se. Quando não dá, faz-se de conta que não existe. Como é o caso de Cabinda, sobre o qual o “gigante na diplomacia africana” nada sabe, não quer saber e odeia quem saiba.
Para o responsável pela diplomacia portuguesa, "é muito gratificante testemunhar a importância crescente da língua portuguesa no mundo" e a aproximação que um número crescente de países empreende em relação a Portugal e à Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
A importância da língua portuguesa é de facto relevante, inclusive – espantem-se – no próprio “gigante na diplomacia africana” onde todos falam a mesma língua mas ninguém se entende.
Luís Amado, que termina amanhã o seu périplo pela África Austral, quando deixará a Namíbia com destino a Maputo, onde se juntará à comitiva do primeiro-ministro José Sócrates, insistiu na ideia de que a região Austral será "o motor do desenvolvimento do continente nas próximas duas a três décadas".
"Esta região será, e disso não tenho quaisquer dúvidas, o foco dos nossos interesses estratégicos nas próximas duas a três décadas. Há muito que fazer nesta região e provavelmente nenhum Estado europeu está melhor equipado e tem tanta vantagem competitiva como Portugal para se relacionar com esta região", referiu o ministro.
Tem razão o ministro. Não fosse a miopia e o nanismo intelectual dos governante portugueses e Portugal há muito que poderia ser o tal gigante. Acontece, contudo, que como bons pigmeus, os portugueses em vez de levarem a carta a Garcia limitam-se a deitá-la na primeira valeta embora, a título póstumo, promovam o general a marechal.
Para o responsável pela diplomacia portuguesa, "é muito gratificante testemunhar a importância crescente da língua portuguesa no mundo" e a aproximação que um número crescente de países empreende em relação a Portugal e à Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
A importância da língua portuguesa é de facto relevante, inclusive – espantem-se – no próprio “gigante na diplomacia africana” onde todos falam a mesma língua mas ninguém se entende.
Luís Amado, que termina amanhã o seu périplo pela África Austral, quando deixará a Namíbia com destino a Maputo, onde se juntará à comitiva do primeiro-ministro José Sócrates, insistiu na ideia de que a região Austral será "o motor do desenvolvimento do continente nas próximas duas a três décadas".
"Esta região será, e disso não tenho quaisquer dúvidas, o foco dos nossos interesses estratégicos nas próximas duas a três décadas. Há muito que fazer nesta região e provavelmente nenhum Estado europeu está melhor equipado e tem tanta vantagem competitiva como Portugal para se relacionar com esta região", referiu o ministro.
Tem razão o ministro. Não fosse a miopia e o nanismo intelectual dos governante portugueses e Portugal há muito que poderia ser o tal gigante. Acontece, contudo, que como bons pigmeus, os portugueses em vez de levarem a carta a Garcia limitam-se a deitá-la na primeira valeta embora, a título póstumo, promovam o general a marechal.
3 comentários:
Talvez seja bom, para o Luís, viver em delírio. É uma das maneiras de não sofrer com a realidade que revela estatísticas e índices negativos. Esse comportamento demonstra problemas de distanciamento psicológico e social da verdade, o que é preocupante.
Também há quem queira esconder o lixo sob o tapete ou a obsessão, distracção e incompetência não permitem ver o lixo, o que ainda é pior.
…ou então as afirmações comprovam que o atraiçoado é o ultimo a saber…
Uma das formas de não resolver problemas é ignorá-los e os nossos digestores políticos e sociais são grandes especialistas nessa estratégia.
JFR
Claro que não...! Que lá fora ninguém fala de Portugal!
Cristina Mota
Temos de dar um "desconto" a este ministro, pois como diz e muito bem JFR, o facto de Sua Excelência "ter um comportamento que demonstra problemas de distanciamento psicológico e social da verdade, o que é preocupante" acho que se deve ao facto de ter problemas de coração (segundo notícias que li na imprensa) e não se poder incomodar com a realidade em que "chafurda"!
Deus lhe dê muitos anos saudáveis, se possível numa ignota mansão sossegadinha e fora da política, para não sofrer com as maledicências dos "casmurros dos portugas" (de Portugal, claro), que têm a mania de andar sempre a dizer mal do que é português, principalmente dos nossos "diligentes desgovernantes"!
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