Que o mundo dos media portugueses, onde supostamente deveriam também, ou sobretudo, trabalhar jornalistas, está pelas ruas da amargura (serão até mais córregos do que ruas) já não é novidade para ninguém. Embora não seja barato nem dê milhões, é fácil culpar o poder de todas essas maleitas.
A verdade, contudo, é que grande parte da culpa, se não mesmo a quase totalidade, é dos chamados jornalistas, uma espécie profissional cada vez mais semelhante às alternadoras (ou, como agora se diz, alternadeiras) que a troco de uns cobres vão para onde der mais jeito.
Também nesta profissão não basta ser sério. É preciso parecê-lo. Ora, o que mais acontece, é que os jornalistas (há, obviamente algumas boas e louváveis excepções) não são sérios mas querem passar a imagem de que são sérios.
Cláudia Borges, jornalista com a Carteira Profissional nº 2113, decidiu no pleno uso dos seus direitos ir assessorar o Ministério da Saúde, agora dirigido por Ana Jorge.
A principal preocupação da jornalista foi entregar a carteira de jornalista, como se isso fosse suficiente (no meu entender) para curar todos os males. É que depois da experiência no Ministério da Saúde volta com certeza à RTP, vai levantar a Carteira e deverá ter à sua espera um cargo de chefia.
O que diriam ou, pelo menos, o que pensariam, os portugueses se um agente da Polícia de Segurança Pública entregasse a carteira profissional para durante uns tempos se dedicar à segurança privada, sendo certo que depois regressaria à Polícia?
Não é, está bom de ver, uma questão de legalidade. É, isso sim, uma questão de moralidade. Os jornalistas incomodam-se por ver ex-ministros irem dirigir empresas com as quais tiveram relações durante o exercício do cargo governativo.
E então aceitam passivamente que jornalistas vão trabalhar para empresas, ou entidades, sobre as quais reportaram?
Será que, depois de uma (ou mais) experiência a assessorar um determinado político, o jornalista regressa à sua actividade com a mesma isenção e equidistância que tinha, ou deveria ter?
Será que o jornalista se atreverá a “cuspir” no prato que o alimentou chorudamente durante meses ou anos?
Pois. Assim vai, para trás, o jornalismo. Pois. Assim vai, para a frente, o comércio jornalístico. Tudo, é claro, a bem da Nação.
A verdade, contudo, é que grande parte da culpa, se não mesmo a quase totalidade, é dos chamados jornalistas, uma espécie profissional cada vez mais semelhante às alternadoras (ou, como agora se diz, alternadeiras) que a troco de uns cobres vão para onde der mais jeito.
Também nesta profissão não basta ser sério. É preciso parecê-lo. Ora, o que mais acontece, é que os jornalistas (há, obviamente algumas boas e louváveis excepções) não são sérios mas querem passar a imagem de que são sérios.
Cláudia Borges, jornalista com a Carteira Profissional nº 2113, decidiu no pleno uso dos seus direitos ir assessorar o Ministério da Saúde, agora dirigido por Ana Jorge.
A principal preocupação da jornalista foi entregar a carteira de jornalista, como se isso fosse suficiente (no meu entender) para curar todos os males. É que depois da experiência no Ministério da Saúde volta com certeza à RTP, vai levantar a Carteira e deverá ter à sua espera um cargo de chefia.
O que diriam ou, pelo menos, o que pensariam, os portugueses se um agente da Polícia de Segurança Pública entregasse a carteira profissional para durante uns tempos se dedicar à segurança privada, sendo certo que depois regressaria à Polícia?
Não é, está bom de ver, uma questão de legalidade. É, isso sim, uma questão de moralidade. Os jornalistas incomodam-se por ver ex-ministros irem dirigir empresas com as quais tiveram relações durante o exercício do cargo governativo.
E então aceitam passivamente que jornalistas vão trabalhar para empresas, ou entidades, sobre as quais reportaram?
Será que, depois de uma (ou mais) experiência a assessorar um determinado político, o jornalista regressa à sua actividade com a mesma isenção e equidistância que tinha, ou deveria ter?
Será que o jornalista se atreverá a “cuspir” no prato que o alimentou chorudamente durante meses ou anos?
Pois. Assim vai, para trás, o jornalismo. Pois. Assim vai, para a frente, o comércio jornalístico. Tudo, é claro, a bem da Nação.
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