O Presidente de Moçambique, Armando Guebuza, apoiou hoje a exploração de biocombustíveis no país, mas desde que esta indústria não colida com o programa do Governo de combate à fome e à pobreza. Pois. Todos nós estamos mesmo a ver que os pobres vão… continuar pobres.
O problema, entenda-se, não está nos biocombistíveis mas no Governo que, mais uma vez, está do lado dos poucos que têm milhões e não, como seria de esperar, dos milhões que têm pouco ou nada.
"Os biocombustiveis não podem em nenhum momento pôr em causa o povo. Se estes chegaram a Moçambique é para resolverem os problemas do povo e não para os agravar", disse o Chefe de Estado moçambicano, só faltando acrescentar “olhai para o que eu digo e não para o que eu faço”.
Pelas suas condições naturais e climáticas, Moçambique tem-se afirmado como um destino para projectos de investimento na área dos biocombustíveis, estando a ser elaborado pelo Governo um plano de desenvolvimento desta indústria, cuja conclusão estava prevista para Dezembro.
Então, se é o Governo que está a tratar do plano de desenvolvimento desta actividade, porque carga de chuva tem de vir esse mesmo Governo alertar para os cuidados a ter?
O Governo não terá sido eleito para defender o povo? Ou, pelo contrário, está já a deixar no ar uma desculpa para um dia destes vir dizer que os interessados, sejam a Galp Energia, a Petrobras ou outra qualquer, são responsáveis pelo povo continuar a ser vilipendiado?
1 comentário:
Como sabes, em 5 deste mês, deflagrou um sismo social em Moçambique justamente porque as concições de existência dos moçambicanos atingiram um estado de degradação insustentável. O povo, como se diz agora, saiu da garrafa e, atenção, está atento
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