Milhares de pessoas, sobretudo mas não só colombianos, manifestam-se hoje em todo o Mundo (mais de 131 cidades) contra as actividades das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), exigindo a libertação de todos os reféns e condenando o terrorismo.
Em entrevista à Agência Efe, a coordenadora da manifestação em Washington, Laura Busche, disse que os manifestantes querem que "a comunidade internacional condene energicamente o terrorismo das FARC", tese igualmente defendida por Inês Salcedo, uma das responsáveis pela acção de protesto em Portugal onde, aliás, estão agendadas duas concentrações, em Lisboa (frente à embaixada) e Porto (frente ao consulado).
"É uma oportunidade para que qualquer pessoa, não importando a sua ideologia política, condene as acções da guerrilha e de terrorismo levas as cabo pelas FARC", afirmou ao JN Inês Salcedo, uma dos cerca de 800 colombianos que vivem em Portugal.
A concentração de hoje visa ser uma mega manifestação simultânea em todo o Mundo (em Portugal é às 17 horas, 12 horas na Colômbia) e resulta de uma campanha virtual iniciada por um engenheiro da cidade colombiana de Barranquilla e que resulta da actividade do grupo "Um milhão de vozes contra as FARC".
Inês Salcedo, considera que a manifestação global de hoje "não é apenas uma marcha contra o sequestro e o terrorismo, mas, sobretudo, um encontro de todos, colombianos e não só, que repudiam e condenam as acções das FARC que, além de terroristas, são o maior cartel de narcotráfico do Mundo".
Entretanto, segundo a TV Uno, que diz ter recebido um comunicado assinado pelas FARC, a guerrilha está disposta a libertar três ex-deputados colombianos que fazem parte dos cerca de 43 reféns em seu poder.
O texto, atribuído ao secretariado das FARC, sublinha que a libertação seria feita por motivos de saúde e como um novo gesto de reconhecimento unilateral dos esforços do presidente venezuelano, Hugo Chávez, e da senadora colombiana Piedad Córdoba.
Fonte: Jornal de Notícias (Portugal)/Orlando Castro
Em entrevista à Agência Efe, a coordenadora da manifestação em Washington, Laura Busche, disse que os manifestantes querem que "a comunidade internacional condene energicamente o terrorismo das FARC", tese igualmente defendida por Inês Salcedo, uma das responsáveis pela acção de protesto em Portugal onde, aliás, estão agendadas duas concentrações, em Lisboa (frente à embaixada) e Porto (frente ao consulado).
"É uma oportunidade para que qualquer pessoa, não importando a sua ideologia política, condene as acções da guerrilha e de terrorismo levas as cabo pelas FARC", afirmou ao JN Inês Salcedo, uma dos cerca de 800 colombianos que vivem em Portugal.
A concentração de hoje visa ser uma mega manifestação simultânea em todo o Mundo (em Portugal é às 17 horas, 12 horas na Colômbia) e resulta de uma campanha virtual iniciada por um engenheiro da cidade colombiana de Barranquilla e que resulta da actividade do grupo "Um milhão de vozes contra as FARC".
Inês Salcedo, considera que a manifestação global de hoje "não é apenas uma marcha contra o sequestro e o terrorismo, mas, sobretudo, um encontro de todos, colombianos e não só, que repudiam e condenam as acções das FARC que, além de terroristas, são o maior cartel de narcotráfico do Mundo".
Entretanto, segundo a TV Uno, que diz ter recebido um comunicado assinado pelas FARC, a guerrilha está disposta a libertar três ex-deputados colombianos que fazem parte dos cerca de 43 reféns em seu poder.
O texto, atribuído ao secretariado das FARC, sublinha que a libertação seria feita por motivos de saúde e como um novo gesto de reconhecimento unilateral dos esforços do presidente venezuelano, Hugo Chávez, e da senadora colombiana Piedad Córdoba.
Fonte: Jornal de Notícias (Portugal)/Orlando Castro
2 comentários:
A defesa dos Direitos Humanos, integrada na noção de civismo, não pode permitir o terrorismo que mata e fere pessoas inocentes. Se o combate por meios mais ou menos violentos poderá compreender-se em casos em que se defende o direito à independência ou o combate à discriminação e sujeição, nunca pode apoiar-se a violência contra inocentes. Uma revolta contra um governante tirano que se mantém por «habilidades» no poder em anos sucessivos, sem ter havido eleições livres, pode ser uma justa luta, mas já o não é o terrorismo indiscriminado para manifestar desagrado.
É bom que as pessoas conscientes se manifestem ordeiramente contra tal desumanidade.
Cumprimentos
A marcha em direcção ao terceiro mandato
por Iván Márquez e Rodrigo Granda [*]
A marcha uribista, da TV RCN, da rádio Caracol, de El Tiempo, dos narco-paramilitares, de alguns bispos, dos grandes empresários, dos manipuladores da opinião pública, dos guerreiristas, e dos inimigos da troca humanitária e da paz, nos seus preparativos finais, desencadeou um iniludível aluvião de questionamentos acerca da sua verdadeira finalidade.
Os familiares dos prisioneiros de guerra, os verdadeiros sofredores, os nunca ouvidos nem por Uribe nem por Washington, não assistirão a essa marcha politizada do 4 de Fevereiro, surgida da estratégia contra-insurgente do Estado, e que tem todas as aparências desavergonhadas um subtil lançamento de "dom Varito Corleone Uribe" ao seu terceiro período presidencial. Eles preferiram reunir-se num tedeum para clamar pelo intercâmbio humanitário e a paz na Colômbia.
A motivação uribista dessa campanha é tão enviesada que as centrais operárias e muitas organizações políticas e sociais da Colômbia optaram por desligar-se do grupo organizador assistido logisticamente pelo governo, e realizar com independência suas manifestações pela troca e pela paz.
Que as crianças das escolas e colégios da Colômbia não sejam utilizados pelos propulsores da "Seguridad Inversionista" e seu componente militar, o Plano Patriota. O facto de os capos paramilitares de moto-serras, massacres e fossas comuns estarem entre os convocantes e financiadores da mobilização, apoiados pelo silêncio do governo, é outro motivo para distanciamento de tão grosseira manipulação.
A palavra-de-ordem deve ser "troca humanitária e paz na Colômbia", como clamam os familiares dos prisioneiros de guerra em poder das partes contendoras. O caminho do intercâmbio humanitário é a evacuação (despeje) militar de Pradera e Florida. Se o sofrimento do cativeiro prolongou-se injustificavelmente por cinco anos foi devido à desumana intransigência e o orgulho vão do Presidente Uribe, que além disso burlou-se de todas as mediações e pisoteou a mais eficaz, a do Presidente Chávez.
Montanhas da Colômbia, 31 de Janeiro de 2008
[*] Integrantes do Secretariado das FARC.
O original encontra-se em Resumen Latinoamericano
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