Elementos das Forças Armadas timorenses, embora incapazes de mostrar serviço próprio, retiraram hoje e de forma violenta à Polícia das Nações Unidas (UNPol) o segundo elemento do grupo de Alfredo Reinado que se tinha rendido.
O elemento, que pertencia ao grupo do major fugitivo Alfredo Reinado desde o início de 2007, rendeu-se à UNPol no enclave de Oécussi, na parte oeste da ilha de Timor, e foi transportado hoje de manhã para Díli, num helicóptero ao serviço da Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT), conta a Lusa.
Esse elemento pertencia às Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), como a maior parte dos homens que estiveram com Alfredo Reinado desde a sua saída de Díli, em 2006, e que eram co-arguidos no processo por homicídio, rebelião e posse ilegal de material de guerra.
"Depois de o helicóptero aterrar no aeroporto (internacional), em Comoro, uma viatura das Forças Armadas entrou lá dentro e, de armas apontadas aos elementos da UNPol, levou o elemento que se tinha rendido a nós", contou uma fonte da força internacional.
Não está mal. Com as Forças Armadas ninguém brinca. E como não conseguem apontar as armas aos rebeldes, resolvem apontá-las aos elementos da UNPol, um acto de coragem que será certamente enaltecido pelo Governo de Xanana Gusmão.
A rendição de hoje em Oécussi é a segunda, no espaço de 48 horas, de um elemento do grupo mais próximo de Alfredo Reinado, depois de um ex-elemento da Polícia Militar se ter entregue à UNPol em Maubisse, segunda-feira.
Pela amostra, vamos todos esperar (de preferência sentados) que os elementos do grupo de Gastão Salsinha se entreguem à UNPol para depois, com o aparato típico dos cobardes, ver as Forças Armadas de Timor-Leste apontarem armas aos bons para que estes entreguem os maus.
Para um país de fez de conta até não está mal. Não está, não!
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