A influência australiana em Timor-Leste sente-se desde há muito, escrevi eu aqui no dia 10 de Maio do ano passado («Timor-Leste vira quintal australiano»). Nessa altura recuperei o que me dissera Xanana Gusmão em 13 de Fevereiro de 1999 (entrevista publicada no Jornal de Notícias): “O Governo australiano que continua a manifestar-se contra a independência de Timor-Leste está a passar-nos um atestado de menoridade”.
Se com a vitória de Ramos-Horta a Austrália acampou no seu quintal a que chama seu (Timor-Leste), com ajuda de Alfredo Reinado vai alargar o quintal.
A Austrália têm-se mantido no país à margem da Missão Integrada da porque quem manda são os australianos. Tão simples quanto isso. Os timorenses pedem ajuda a Portugal e… Portugal vai pensar. Ao contrário, a Austrália pensa pelos timorenses.
Assim, a pedido de Ramos-Horta ou de Xanana Gusmão, por lá vão ficar muitos e muitos anos. O neocolonialismo de Camberra é fortemente criticado pelo partido maioritário, a FRETILIN, que acusa os militares australianos de condicionarem a política interna de Timor-Leste, a pedido de Ramos-Horta. É verdade. Mas o que interessa a verdade?
Nem mais. Mesmo assim, a comunidade internacional continua de cócoras, tal como a CPLP e Portugal.
O sinal mais claro das preferências australianas foi dado, em Fevereiro do ano passado, quando o parlamento timorense finalmente ratificou o acordo de exploração e partilha das receitas de dois dos maiores campos de hidrocarbonetos do Mar de Timor, Greater Sunrise e Bayu Undan, concretizando uma promessa desde logo enunciada por Ramos-Horta quando tomou posse então como primeiro-ministro.
A resolução deste contencioso, que se arrastava desde 2004, foi possível a partir do momento que Mari Alkatiri deixou de ser primeiro-ministro. Ou seja, a partir do momento em que Camberra colocou a chefiar o Governo o seu homem de mão, o seu testa de ferro.
Considerado o país mais pobre da Ásia, Timor-Leste conseguiu, apesar de tudo, com a crise de 2006 desbaratar o capital acumulado desde 2002, quando se tornou a primeira nação do século XXI.
Assim, de ex-colónia de Portugal, Timor-Leste passa agora a quintal da Austrália.
Se com a vitória de Ramos-Horta a Austrália acampou no seu quintal a que chama seu (Timor-Leste), com ajuda de Alfredo Reinado vai alargar o quintal.
A Austrália têm-se mantido no país à margem da Missão Integrada da porque quem manda são os australianos. Tão simples quanto isso. Os timorenses pedem ajuda a Portugal e… Portugal vai pensar. Ao contrário, a Austrália pensa pelos timorenses.
Assim, a pedido de Ramos-Horta ou de Xanana Gusmão, por lá vão ficar muitos e muitos anos. O neocolonialismo de Camberra é fortemente criticado pelo partido maioritário, a FRETILIN, que acusa os militares australianos de condicionarem a política interna de Timor-Leste, a pedido de Ramos-Horta. É verdade. Mas o que interessa a verdade?
Nem mais. Mesmo assim, a comunidade internacional continua de cócoras, tal como a CPLP e Portugal.
O sinal mais claro das preferências australianas foi dado, em Fevereiro do ano passado, quando o parlamento timorense finalmente ratificou o acordo de exploração e partilha das receitas de dois dos maiores campos de hidrocarbonetos do Mar de Timor, Greater Sunrise e Bayu Undan, concretizando uma promessa desde logo enunciada por Ramos-Horta quando tomou posse então como primeiro-ministro.
A resolução deste contencioso, que se arrastava desde 2004, foi possível a partir do momento que Mari Alkatiri deixou de ser primeiro-ministro. Ou seja, a partir do momento em que Camberra colocou a chefiar o Governo o seu homem de mão, o seu testa de ferro.
Considerado o país mais pobre da Ásia, Timor-Leste conseguiu, apesar de tudo, com a crise de 2006 desbaratar o capital acumulado desde 2002, quando se tornou a primeira nação do século XXI.
Assim, de ex-colónia de Portugal, Timor-Leste passa agora a quintal da Austrália.
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