
E não creio porque penso que a presença portuguesa em Timor-Leste é uma farsa, sobretudo se virmos que Portugal está mais interessado em dizer que faz do que em fazer, mais vocacionado para dizer o que os timorenses devem comer do que em lhes dar comida, mais dirigido a mandar burocratas do que médicos, entre muitos outros exemplos.
Ao falar em português (um pouco à semelhança do que mais ou menos faz Xanana Gusmão), Ramos Horta dá a ilusão de que a língua é uma ferramenta importante. Será?
Não, não é. Portugal deve-o saber. Xanana e Horta sabem-no de certeza. Se quisessem que a língua portuguesa tivesse algum valor (nem que fosse para pedir pastéis de Belém e vinho do Porto), Timor-Leste já deveria ter todas as escolas primárias com o ensino do português.
Recordo, a propósito, uma frase que creio ser de Avelino Coelho, do Partido Socialista Timorense: "Invistam em Timor 500 televisores, 500 professores, um para cada suco e em um ou dois anos todo o país falaria português".
De facto, sendo a identidade timorense tétum, não sei se a língua portuguesa, falada por cinco ou seis por cento da população, e a religião serão suficientes para manter o país na esfera dos pastéis de Belém e do vinho do Porto.
1 comentário:
Mais uma vez concordo plenamente,...Horta e Xanana os donos da quinta,...dividem tudo,..influência, poder, petróleo e obviamente querem os australianos
a tomar conta da quinta. Reinado foi um lapso. Serviram-se do homem para deruubar Alkatiri e não avaliaram bem a ambição dele. Portugal, os pastéis, o vinho...etc....é um fait divers !!!
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