«O director do bissemanário Folha 8, William Tonet foi notificado, no passado dia 7, pela DNIC – Direcção Nacional de Investigação Criminal – para responder a mais quatro processos que lhe foram movidos pelos generais, Manuel Hélder Vieira Dias Júnior, Kopelipa, José Maria, relativos a uma matéria publicada por este jornal, em que dizia estarem estes altos oficiais, sob custódia da Polícia Judiciária Militar, a prestar declarações, relativas a situação dos Serviços de Inteligência Externa.
Recorde-se que a 24 de Fevereiro de 2006, a direcção dos SIE, então liderada por Fernando Garcia Miala, coadjuvado por Miguel Francisco André, Maria da Conceição Domingos, Ferraz António e Constantino Vitiaca, foi exonerada e os militares passados compulsivamente a reserva, por alegada tentativa de golpe de Estado e assassinato ao Presidente da República, segundo um comunicado saído na altura.
Fruto dessa situação foi formada uma comissão de Sindicância, liderada pelos generais Kopelipa e José Maria, que trataram de retirar muitos dos documentos do SIE para a Casa Militar.
Dado de realce é o facto de nunca terem os investigadores ouvido em declarações o general Miala, que caricatamente, viria a ser um ano depois acusado e preso a 13 de Julho de 2007, pelo crime de insubordinação por se recusar a ir a uma cerimónia de “desgraduação”, nunca antes realizada a nível das Forças Armadas.
Foi com base nestas incoerências aliada ao facto de não se terem apresentado conclusões, que se instalou um mau estar, em que fontes militares disseram ao F8, estarem os dois generais (Kopelipa e José Maria), a ser ouvidos por não terem conseguido apresentar provas ao Presidente da República.
Estranhamente, William Tonet viria também a ser processado pelo director da Polícia Judiciaria Militar, Hélder Pita Gróz, acusado de denegrir a sua instituição e as forças armadas, pelo simples facto de ter dito terem os dois generais ido as suas instalações prestar declarações.
Finalmente, o quarto relaciona-se com um artigo do jornalista Jorge Eurico publicado aqui no NL e reproduzido depois no F8, residente fora de Angola, sobre a presença de tropas cubanas que estariam afectas a guarda presidencial da Presidência da República, em que o queixoso é o chefe do Estado Maior General das FAA, Francisco Furtado.
Como o colaborador se encontra no estrangeiro, assume a responsabilidade processual o seu director, que assim terá de esgrimir argumentos com o queixoso em tribunal.
A poucos dias das eleições é este o clima de tensão envolvendo alguns dos jornalistas da imprensa privada angolana.»
Nota 1: Manchete de hoje do Notícias Lusófonas
Nota 2: E, ao que me parece, este é só o princípio do fim… da liberdade em geral e da de Imprensa em particular.
Recorde-se que a 24 de Fevereiro de 2006, a direcção dos SIE, então liderada por Fernando Garcia Miala, coadjuvado por Miguel Francisco André, Maria da Conceição Domingos, Ferraz António e Constantino Vitiaca, foi exonerada e os militares passados compulsivamente a reserva, por alegada tentativa de golpe de Estado e assassinato ao Presidente da República, segundo um comunicado saído na altura.
Fruto dessa situação foi formada uma comissão de Sindicância, liderada pelos generais Kopelipa e José Maria, que trataram de retirar muitos dos documentos do SIE para a Casa Militar.
Dado de realce é o facto de nunca terem os investigadores ouvido em declarações o general Miala, que caricatamente, viria a ser um ano depois acusado e preso a 13 de Julho de 2007, pelo crime de insubordinação por se recusar a ir a uma cerimónia de “desgraduação”, nunca antes realizada a nível das Forças Armadas.
Foi com base nestas incoerências aliada ao facto de não se terem apresentado conclusões, que se instalou um mau estar, em que fontes militares disseram ao F8, estarem os dois generais (Kopelipa e José Maria), a ser ouvidos por não terem conseguido apresentar provas ao Presidente da República.
Estranhamente, William Tonet viria também a ser processado pelo director da Polícia Judiciaria Militar, Hélder Pita Gróz, acusado de denegrir a sua instituição e as forças armadas, pelo simples facto de ter dito terem os dois generais ido as suas instalações prestar declarações.
Finalmente, o quarto relaciona-se com um artigo do jornalista Jorge Eurico publicado aqui no NL e reproduzido depois no F8, residente fora de Angola, sobre a presença de tropas cubanas que estariam afectas a guarda presidencial da Presidência da República, em que o queixoso é o chefe do Estado Maior General das FAA, Francisco Furtado.
Como o colaborador se encontra no estrangeiro, assume a responsabilidade processual o seu director, que assim terá de esgrimir argumentos com o queixoso em tribunal.
A poucos dias das eleições é este o clima de tensão envolvendo alguns dos jornalistas da imprensa privada angolana.»
Nota 1: Manchete de hoje do Notícias Lusófonas
Nota 2: E, ao que me parece, este é só o princípio do fim… da liberdade em geral e da de Imprensa em particular.
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