O Governo português reiterou hoje e – como sempre – muito bem, a posição de que "não tem indícios" de que Portugal tenha sido "conivente ou cometido ilegalidades" no caso dos "voos da CIA". Todos devemos gritar: “Porreiro, pá!”.
A afirmação é do ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, único membro do Executivo a comentar hoje a revelação do Governo do Reino Unido ter admitido a passagem de prisioneiros ilegais no seu território a caminho da prisão de Guantánamo.
Se foi Santos Silva a dizer não restam dúvidas. Este ministro, tal como o seu primeiro, além de muitas e enormes qualidades que os jornalistas portugueses tão bem conhecem, não mente.
Santos Silva “jamais” mentiria, acrescentaria com todo o seu sentido de oportunidade o ministro Mário Lino.
Apesar da revelação do executivo britânico, Santos Silva afirmou que "não há nenhuma razão para o Governo alterar a sua posição". Claro que não. Desde logo porque a rapaziada que ia passar férias a Guantánamo era convidada da CIA e não prisioneiros.
Aliás. Os norte-americanos, sejam da CIA, do FBI ou de qualquer outra elite policial, nunca fizeram, fazem ou farão prisioneiros, como todos sabemos. Todos a começar por Sócrates e acabando em Santos Silva
"Continuamos a não ter nenhum indício da participação do Estado Português em alguma ilegalidade", acrescentou Santos Silva, mesmo depois de o presidente do Governo Regional dos Açores, o socialista Carlos César, ter admitido que voos ilegais tenham passado pelos Lajes.
O ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, David Miliband, admitiu hoje que os serviços secretos norte-americanos utilizaram em duas ocasiões o território britânico de Diego Garcia, no Oceano Índico, para transferir secretamente dois suspeitos de terrorismo.
Vários países europeus têm sido implicados no caso dos "voos da CIA" e, recentemente, uma organização não-governamental britânica, a Reprieve, divulgou um relatório segundo o qual mais de 700 presos foram ilegalmente transportados para a Base de Guantanamo através de território português, entre 2002 e 2006.
Essa de território português não é credível. Não seria Espanha? Não seria Marrocos?
Em "pelo menos seis ocasiões, aviões de transferência de prisioneiros voaram directamente da Base das Lajes nos Açores para Guantanamo, Cuba", segundo a Reprieve.
Hoje, o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, disse em Bruxelas que todos os Estados-membros da União Europeia devem ser "transparentes" e investigar a alegada utilização de território europeu para o transporte ilegal de prisioneiros pelos serviços secretos norte-americanos.
E lá está Durão Barroso a meter o bedelho onde não é chamado. Santos Silva, com a ajuda de Mário Lino e a supervisão técnica de José Sócrates, já escreveu a Barroso perguntando-lhe: “Não percebeu ou quer que lhe faça um projecto?”.
A afirmação é do ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, único membro do Executivo a comentar hoje a revelação do Governo do Reino Unido ter admitido a passagem de prisioneiros ilegais no seu território a caminho da prisão de Guantánamo.
Se foi Santos Silva a dizer não restam dúvidas. Este ministro, tal como o seu primeiro, além de muitas e enormes qualidades que os jornalistas portugueses tão bem conhecem, não mente.
Santos Silva “jamais” mentiria, acrescentaria com todo o seu sentido de oportunidade o ministro Mário Lino.
Apesar da revelação do executivo britânico, Santos Silva afirmou que "não há nenhuma razão para o Governo alterar a sua posição". Claro que não. Desde logo porque a rapaziada que ia passar férias a Guantánamo era convidada da CIA e não prisioneiros.
Aliás. Os norte-americanos, sejam da CIA, do FBI ou de qualquer outra elite policial, nunca fizeram, fazem ou farão prisioneiros, como todos sabemos. Todos a começar por Sócrates e acabando em Santos Silva
"Continuamos a não ter nenhum indício da participação do Estado Português em alguma ilegalidade", acrescentou Santos Silva, mesmo depois de o presidente do Governo Regional dos Açores, o socialista Carlos César, ter admitido que voos ilegais tenham passado pelos Lajes.
O ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, David Miliband, admitiu hoje que os serviços secretos norte-americanos utilizaram em duas ocasiões o território britânico de Diego Garcia, no Oceano Índico, para transferir secretamente dois suspeitos de terrorismo.
Vários países europeus têm sido implicados no caso dos "voos da CIA" e, recentemente, uma organização não-governamental britânica, a Reprieve, divulgou um relatório segundo o qual mais de 700 presos foram ilegalmente transportados para a Base de Guantanamo através de território português, entre 2002 e 2006.
Essa de território português não é credível. Não seria Espanha? Não seria Marrocos?
Em "pelo menos seis ocasiões, aviões de transferência de prisioneiros voaram directamente da Base das Lajes nos Açores para Guantanamo, Cuba", segundo a Reprieve.
Hoje, o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, disse em Bruxelas que todos os Estados-membros da União Europeia devem ser "transparentes" e investigar a alegada utilização de território europeu para o transporte ilegal de prisioneiros pelos serviços secretos norte-americanos.
E lá está Durão Barroso a meter o bedelho onde não é chamado. Santos Silva, com a ajuda de Mário Lino e a supervisão técnica de José Sócrates, já escreveu a Barroso perguntando-lhe: “Não percebeu ou quer que lhe faça um projecto?”.
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