Amanhã vou (re)confirmar o que já sei. Uns tantos continuarão a dá-lo com prazer e até pagarão para isso, outros (poucos) já hoje vão utlizar a vaselina, e ainda haverá uns tantos que tentarão dar (pelo menos a ideia) para os dois lados.
Seja como for, todos estes têm à espera um prato de lentilhas (uma espécie de forragem melaminada), recompensa nobre para todos aqueles que, de cócoras, aproveitarão para dar brilho às ferraduras (peça de ferro que se forja e afeiçoa de modo a adaptar-se na face inferior dos cascos das bestas) dos capatazes.
Aliás, de um lado vão estar todos aqueles que sabem que a única tarefa humilhante no Jornalismo é a que se realizava com mentira, deslealdade, ódio pessoal, ambição mesquinha, inveja e incompetência. Do outro estarão os que consideram que nada é humilhante desde que dê lucro (mesmo que tenham de usar muita vaselina).
De um lado vão estar todos aqueles que sabem que um Jornalista nunca (nunca) vende a sua assinatura para textos alheios, tantas vezes paridos em latrinas demasiado aviltantes. Do outro estarão os que consideram que é tudo uma questão de preço.
De um lado vão estar todos aqueles que sabem que se o Jornalista não procura saber o que se passa no cerne dos problemas é um imbecil, mas que se sabe e se cala é criminoso. Do outro estarão sobretudo imbecis e criminosos.
2 comentários:
A mentira,a deslealdade,a inveja, a ambição mesquinha e os pequenos ódios hão-de andar sempre de braço dado com a incompetência e o crime. Isso já todos devíamos saber.
Que os dedos nunca de doam no teclado, meu amigo.
José C. Maximino
Os "so-called" jornalistas deste país são cada vez mais arraçados de avestruz. Como naquele poema do Brecht:
Primeiro levaram os comunistas,
Mas eu não me importei
Porque não era nada comigo.
Em seguida levaram alguns operários,
Mas a mim não me afectou
Porque eu não sou operário.
Depois prenderam os sindicalistas,
Mas eu não me incomodei
Porque nunca fui sindicalista.
Logo a seguir chegou a vez
De alguns padres, mas como
Nunca fui religioso, também não liguei.
Agora levaram-me a mim
E quando percebi,
Já era tarde.
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